O fenômeno conhecido como “fake news” (notícias falsas, boatos que se espalham pela internet e que influenciam a vida de milhares de pessoas) continua a trazer dor de cabeça para gigantes da web como Google e Facebook. Nesta semana, as duas empresas anunciaram parcerias que prometem combater ainda mais este problema.
A novidade é que Google e Facebook se uniram ao Trust Project, ou “Projeto Confiança”, em tradução livre. Trata-se de uma iniciativa do Centro de Ética Aplicada da Universidade de Santa Clara, nos EUA, que procura definir padrões e listar os atributos que páginas da web devem apresentar para que sejam consideradas fontes confiáveis.
Afinal, o maior problema relacionado a “fake news” é justamente a fonte da informação: para o algoritmo da busca do Google e do feed de notícias do Facebook, é difícil distinguir organizações de mídia com credibilidade e comprometidas com o jornalismo de blogs mantidos por um grupo de pessoas interessadas em cliques a qualquer custo para ganhar dinheiro.
Google e Facebook anunciaram que vão seguir um conjunto de indicadores elaborados pelo Trust Project para identificar quais fontes são confiáveis e quais não são. Esses indicadores incluem descrições explícitas de quem financia a página, quais são seus valores, método de trabalho, tipo de conteúdo, histórico dos autores dos textos e referências, entre outros.
No caso do Google, o buscador da empresa vai começar a dar mais credibilidade e destaque para os sites que deixam claros, no seu próprio código-fonte, os oito indicadores listados pelo Trust Project. Ou seja, as páginas devem se apressar para inserir esses dados (caso já não o tenham) se quiserem continuar aparecendo no feed do Google.
Já no caso do Facebook, as páginas da rede social é que devem inserir informações parecidas que estejam de fácil acesso ao leitor. Através do novo botão de contexto que a empresa vem testando, os usuários poderão ver rapidamente qual é o histórico e quais são as práticas daquela página para que decidam se ela é confiável ou não.
Os anúncios de hoje se somam a uma longa lista de mudanças que Google e Facebook vêm implementando neste ano desde que o termo “fake news” começou a se popularizar. Entretanto, poucas dessas iniciativas já chegaram ao Brasil.