O Google divulgou ontem um algoritmo capaz de remover marcas-d’agua de fotos de bancos de imagens. O algoritmo foi desenvolvido por um grupo de pesquisadores da empresa, e é capaz de “obter o conteúdo original, sem marca-d’água, com alta precisão” para várias fotos ao mesmo tempo. 

As marcas-d’água são as marcações que empresas como a Adobe, Getty Imagens e Shutterstock aplicam às suas fotos para que elas não sejam compartilhadas sem pagamento. Elas são, segundo o Google, “o mecanismo mais comum para proteger os direitos de propriedade intelectual de centenas de milhões de fotografias e imagens oferecidas online diariamente”.

De acordo com o estudo publicado pelos pesquisadores, no entanto, elas têm uma falha muito grave: elas são aplicadas de maneira uniforme em todas as imagens de um banco. Para um humano, remover manualmente a marca-d’água pode ser bastante desafiador, mas um algoritmo é capaz de analisar centenas de imagens do banco, identificar a marca-d’água e removê-la automaticamente de todas as fotos. O vídeo abaixo fala mais sobre o algoritmo e mostra-o em funcionamento:

Boas intenções

Como a empresa deixa claro, o objetivo dela com essa criação não é permitir que as imagens de bancos de dados sejam usadas por qualquer pessoa. O algoritmo serve para deixar claro que o sistema que as empresas usam para aplicar marcas-d’água tem falhas. “Queremos divulgar essa vulnerabilidade e propor soluções para ajudar as comunidades de fotografia e imagens de acervo se adaptarem”, disseram os pesquisadores. 

E, de fato, a empresa propõe soluções para tornar esse sistema mais eficaz. Como o The Next Web resume, o segredo consiste em criar pequenas variações para as marcas-d’água por meio de sutis deformações à marca original. Mesmo mudanças muito pequenas são suficientes para que o algoritmo não consiga mais remover todas as marcas com a mesma precisão, como a imagem abaixo mostra:

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