Fim da linha, fãs do Nexus. Com a chegada do Pixel nesta terça-feira, 4, o Google oficializou o fim da linha para criar uma nova marca, e diz não ter mais planos de ressuscitá-la no futuro. Assim, os Nexus 5x e 6p são e continuarão sendo os últimos modelos a carregarem a marca, extinta em 2016.

A mudança estratégica vai além do nome diferente e de um esforço maior de marketing. O Pixel traz um conceito de software diferente do Nexus, abandonando a ideia do Android puro para trazer um novo launcher com novas características de usabilidade exclusivas do aparelho.

Em relação ao hardware, o Google assume a autoria do aparelho, mesmo que ele tenha sido produzido pela HTC (a empresa nem tem o logo estampado no celular), dando a entender que ele teve mais influência sobre as decisões de design do que os seus outros aparelhos. Os Nexus eram explicitamente produzidos por outras fabricantes Android baseados em outros modelos, como o 5x era inspirado no LG G4, por exemplo.

O efeito Pixel já pode ser sentido nos Nexus antigos. O novo celular do Google já tem a versão 7.1 do Android, que neste momento é exclusividade do Pixel. Se você tem um Nexus, vai precisar continuar usando a versão 7.0 do Android por algum tempo, ou então se arriscar a usar um “developer preview”, que é uma versão de testes recomendada apenas a desenvolvedores que precisam de acesso antecipado às novidades para aproveitá-las em seus apps.

Contudo, nada será mais sentido do que a diferença de preço. Os Nexus sempre se destacaram por oferecer boa qualidade a preço mais acessível do que os outros tops de linha. Notoriamente, aparelhos como o Nexus 4, 5 e 5x se mantiveram abaixo dos US$ 400 (o 6 e o 6P foram exceção), enquanto o iPhone mais básico sempre custou US$ 650. Agora o Pixel também tem exatamente este preço.

Então, fãs do Nexus, estejam cientes: a linha morreu. O Pixel não é um novo Nexus e jamais será. O Google diz que quem procura aparelhos de alto desempenho por um preço mais amigável ainda pode procurar fabricantes chinesas como Xiaomi, OnePlus e Huawei, que ainda oferecem um bom custo-benefício… só que nenhum deles tem o Android puro.