Por muitos anos, a Apple teve a justa fama de estar sentada sobre uma pilha de dinheiro não-aproveitado, chegando a US$ 200 bilhões em caixa. No entanto, as coisas mudaram agora em 2019. Hoje, a posição de gigante da tecnologia que não sabe o que fazer com tanto dinheiro mudou de dono, e hoje pertence à Alphabet, conglomerado que reúne, entre outras empresas, o Google.
Como notou o Financial Times, hoje a Alphabet tem cerca de US$ 117 bilhões em reservas líquidas, que podem ser usadas para, por exemplo, comprar alguma outra empresa. Em comparação, a Apple hoje acumula US$ 102 bilhões, o que ainda é impressionante, mas é bem menos do que já foi no passado.
Obviamente, ter tanto dinheiro livre tem seus benefícios, mas nem tudo são flores. A Apple sempre sofreu pressão de seus acionistas esperando que a companhia usasse essas quantias vultosas para remunerá-los por meio de dividendos ou recompra de ações, e a Alphabet também pode começar a sofrer com isso.
Mais preocupante para a companhia, no entanto, é o fato de que a Alphabet, mais especificamente o Google, tem sofrido cada vez mais pressão de autoridades regulatórias no mundo, que apontam práticas monopolistas e anticompetitivas, afirmando que hoje a empresa têm muito poder sobre a internet em diversos aspectos.
Do outro lado, a Apple viu seu dinheiro em caixa reduzido após um incentivo do governo americano para que as quantias armazenadas no exterior pudessem ser repatriadas com taxação mínima. Desta forma, a companhia pode devolver uma boa parte de sua fortuna aos investidores.
Apesar de Alphabet e Apple serem as empresas que mais têm dinheiro em caixa, nenhuma das duas é, no atual momento, a líder no ranking de “empresa mais valiosa do mundo”, que se dá pela multiplicação do número de ações de uma companhia pelo seu valor atual (também conhecido como capitalização de mercado). Neste momento, ambas estão atrás de Amazon e Microsoft, sendo que esta última é, por enquanto, a única companhia do planeta a valer mais de US$ 1 trilhão.