O banco responsável pela emissão e operação do Apple Card, Goldman Sachs, se dispôs a reavaliar os limites de clientes depois de ter sido acusado de discriminar contra mulheres, oferecendo a elas limites de compras muito inferiores aos de seus maridos mesmo que tenham histórico de crédito equivalente.

O banco se defendeu das acusações, afirmando que trabalhou com terceiros para auditar seus algoritmos e garantir que não fossem tendenciosos, e que sequer tem acesso a informações como o gênero ou estado civil de um cliente durante o processo de aprovação.

Em uma declaração no Twitter Carey Halio, CEO do Goldman Sachs, disse que a diferença nos limites pode ser devida ao fato de que as mulheres citadas tem cartões secundários ligados às contas de seus maridos, e não cartões primários próprios. Isto afetaria seu histórico de crédito pessoal, e com isso o limite do cartão.

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De fato, parece ser o caso das esposas de David Heinemeier Hansson, criador do framework para desenvolvimento web Ruby on Rails, e Steve Wozniak, co-fundador da Apple, que criticaram os limites no Twitter. Ambos citam que tem contas conjuntas com suas esposas, vivem em regime de comunhão total de bens e fazem declarações anuais de imposto de renda conjuntas.

O banco afirma que se uma pessoa acreditar que sua linha de crédito ‘não reflete adequadamente’ seu histórico financeiro, ela pode pedir para que seja reavaliada. Para isto, basta ir ao app Wallet no iPhone e conversar com o serviço de atendimento ao cliente via chat.

David Heinemeier Hansson, autor do tuite que gerou toda a discussão, não ficou feliz com a resposta. No Twitter ele afirmou: “Vocês não ouviram nada. Dizer “Entendo suas preocupações, mas eis por que você está errado e nós estamos certos” não é ouvir. Isso é paternalismo. Por favor, pare.”

Fonte: 9to5Mac