O tão aguardando retorno de Game of Thrones para sua oitava e derradeira temporada finalmente ocorreu. Após uma sequência de recapitulação de tirar o fôlego, o episódio intitulado “Winterfell” começou. Além da importância do capítulo, que mostrou como as relações de alguns personagens evoluíram, um detalhe crucial foi notado por muitos: a abertura foi modificada e ela pode apresentar alguns fatores essenciais e dicas dos rumos da temporada final.
Importante: a partir deste ponto, há spoilers do episódio “Winterfell” da oitava temporada e das temporadas anteriores. Prossiga por sua conta e risco.
A abertura começa com uma câmera que “voa” sobre Westeros, o continente fictício onde grande parte da série se passa. Normalmente, as aberturas mostram localidades importantes para aquele episódio em específico ou para a temporada toda. Porém, na oitava temporada, a introdução começa do lado de fora de Westeros, mais precisamente no norte. A conclusão que se chega é que o caminho feito pela câmera é o mesmo feito pelos temidos White Walkers em sua caminhada em direção a Westeros.
Em um primeiro momento, a câmera passa pela Muralha parcialmente destruída após os eventos do final da sétima temporada, onde o Rei da Noite, montando o dragão Viserion, após abatê-lo e transforma-lo em um integrante de seu exército imortal, destrói a Muralha protegida pela Patrulha da Noite.
De lá, somos levados à Última Lareira, o último assentamento antes da Muralha, ao norte. O local era residência da família Umber, antes do exército de mortos-vivos alcançá-lo. Em algum momento do episódio, aparentemente, o exército saqueou o castelo assim que o jovem Lorde Ned Umber retornava à sua morada para recolher alguns recursos. Esse local não era muito relevante para a trama de Game of Thrones até o momento. Porém, de repente, se tornou relevante na sequência de abertura. Talvez isso se deva ao fato de que o corpo do jovem Ned foi deixado aqui, fixado em uma parede, como um símbolo de mau presságio deixado pelo Rei da Noite.
Normalmente, a abertura da série intercala entre Winterfell e Porto Real, além dos locais por onde Daenerys Targaryen está passando ou lugares onde algum personagem significativo está realizando alguma tarefa importante. Agora que a maioria dos personagens está reunida e pensado em um modo de dar cabo do exército do Rei da Noite, a introdução da série assumiu novos rumos. Ao invés de mostrar cidade por cidade, a câmera está mostrando mais profundamente lugares familiares, talvez dando indícios dos locais em que a temporada irá focar.
Após Última Lareira, a abertura mostra o sul de Winterfell, entrando no castelo, podemos ver a Árvore Coração, com suas folhas vermelhas bastante características. Além de toda a simbologia, o local foi palco de muitas conversas importantes dos personagens, principalmente na primeira temporada, e onde um reencontro bastante emocionante acontece nesta temporada. A área ao redor da árvore mostra ter o poder de destruir os Wights (corpos reanimados pelos White Walkers para lutar a seu lado), mas ainda não se sabe como essa magia funciona. É possível que essas árvores tenham um papel importante na próxima batalha, já que o exército de mortos continua marchando em direção ao sul.
A câmera passa por cima do salão de reuniões dentro do castelo, depois vai até as criptas da Casa Stark. É aqui que temos a fatídica conversa entre Jon Snow e Samwell Tarly sobre a verdadeira origem de Jon e seu direito ao Trono de Ferro. É na frente da estátua de Ned Stark que Sam fala que Jon é filho de Lyanna Stark e Rhaegar Targaryen. Sendo assim, ele é quem tem direito ao Trono e a governar os Sete Reinos. A cripta também é o local onde os Stark mantém seus mortos. Esperamos que isso não seja uma insinuação de que esse local será bastante visitado para se enterrar mais membros dos Stark.
Em seguida, nos encontramos em Porto Real, viajando pelo porão onde todos os crânios de dragão são guardados. Então somo levados ao Grande Salão, onde o Trono de Ferro está. Essa é a primeira vez em que o tão cobiçado Trono é mostrado durante a sequência de abertura, o que parece bastante importante, já que, possivelmente, o governante definitivo de Westeros será determinado nessa temporada. Embora um símbolo dos Lannister permaneça no topo do Trono, isso pode mudar, com dois Targaryen disputando o governo.
Também é notável que, durante a introdução, a imagem esculpida nas faixas douradas em torno do sol acima de Westeros mudou significativamente. Enquanto no passado, esses relevos eram usados para se referir a grandes momentos históricos, como a Rebelião de Robert e sua vitória, as novas imagens mostram uma parte bastante recente da história.
A imagem acima retrata Viserion, já sendo controlado pelo Rei da Noite, destruindo a Muralha. Outra mostra a decapitação de um lobo gigante em frente a um castelo, representando a Casa Frey (das terras fluviais, conhecidas como As Gêmeas), enquanto o leão, símbolo dos Lannister, olha.
Esta é uma clara referência ao Casamento Vermelho da terceira temporada, quando Robb Stark, sua família e seu lobo gigante são assassinados pelos Frey, que haviam conspirado com os Lannister. A imagem final mostra um dragão maior voando ao lado de três menores, enquanto um cometa cai do céu. A câmera permanece nessa imagem até que o título Game of Thrones aparece.
A menção ao Cometa Vermelho parece prever o que aconteceria com o mundo quando os dragões retornassem. Com certeza há uma grande ênfase aos dragões nessa nova abertura, o que não é de se espantar, devido ao seu poder de fogo que, provavelmente, vai ajudar a decidir o rumo da grande guerra que se aproxima e o futuro de Westeros.
Veja a abertura na íntegra:
Via: The Verge