O mundo deve conhecer o Galaxy S9 mais cedo do que se esperava. A Samsung, que tradicionalmente atualiza a linha Galaxy S entre março e abril, deve demonstrar o celular em janeiro, durante a CES 2018, a maior feira de tecnologia do mundo, realizada todos os anos na cidade de Las Vegas.

A informação vem do jornalista Evan Blass, conhecido por muito tempo como @evleaks no Twitter, com um histórico impecável de vazamentos de informações e imagens de celulares antes do lançamento. Ele informa, em texto publicado no site VentureBeat, que não deve haver uma grande revolução em comparação com o S8.

Blass usa a expressão “ano tock”, uma referência ao histórico ciclo “tick-tock” de lançamentos da Intel, que prevê um ano de grandes mudanças, com a introdução de um novo processo de produção, com diminuição dos transistores (tick) e, um ano de refinamento da tecnologia, com o lançamento de uma nova microarquitetura (tock). A expressão também foi adotada para se referir ao ciclo de lançamentos de iPhones, alternando um ano de renovação estética e outro de atualização de componentes e melhorias gerais.

Com isso, o Galaxy S9 (codinome Star 1) e o Galaxy S9+ (Star 2) devem ser muito similares aos S8 e S8+. A tela deve permanecer do mesmo tamanho, com 5,8 polegadas na versão menor e 6,2 polegadas na versão Plus. A expectativa é que eles usem um processador Snapdragon 845 e um Exynos de potência similar, e cada região do globo pode receber uma versão diferente.

Uma coisa que deve ser diferente, no entanto, é a câmera. Se em 2017 o S8 e o S8+ são basicamente o mesmo celular, variando apenas nos tamanhos de tela e de bateria, em 2018 o S9 e o S9+ devem diferir em relação as câmeras. O modelo maior deve trazer uma configuração de câmera dupla, similar ao que é visto no Galaxy Note 8, enquanto a versão simples manterá apenas um sensor traseiro. Uma outra mudança é que o Galaxy S9+ pode trazer 6 GB de RAM, enquanto o S9 deve ficar limitado a apenas 4 GB.

Uma coisa importante que a Samsung deve alterar em relação aos modelos deste ano é a posição do leitor de impressão digital. Galaxy S8 e S8+ usaram um sensor ao lado da câmera, e não abaixo como é convencional, gerando reclamação entre usuários que apontavam que frequentemente acabavam borrando a lente ao tentar tocar no sensor. Especula-se que a decisão tenha sido feita de última hora após a empresa não conseguir preparar a tecnologia de reconhecimento de digitais sob a tela a tempo. Desta vez, o componente deve ficar abaixo da lente, em uma posição mais comum, confortável e sem riscos de borrões da lente.

Os dois aparelhos devem oferecer 64 GB de armazenamento interno, entrada para cartão microSD, suporte ao DeX, áudio estéreo e entrada para fones de ouvido com porta de 3,5 milímetros.