A Samsung anunciará no domingo , 22, às 23h (no horário de Brasília) os resultados da investigação sobre o que causou a combustão de várias unidades do Galaxy Note 7. No entanto, ao que tudo indica, as informações já caíram nas mãos da imprensa: foram duas falhas diferentes que causaram o problema.

De acordo com o Wall Street Journal, que teve contato com pessoas ligadas ao assunto, foram duas etapas do problema e dois defeitos diferentes. Na primeira fase, o defeito teria acontecido por causa de baterias “de tamanho irregular” que não cabiam de forma adequada no celular, comprimindo componentes e colocando-os em contato quando eles deveriam permanecer isolados para o funcionamento seguro da bateria.

Essa fase corresponde com a época logo após ao lançamento, quando começaram a surgir os primeiros relatos de celulares explodindo e imaginava-se que eram apenas casos isolados. Na época, a empresa tinha duas fornecedoras de baterias: a Samsung SDI, uma divisão da corporação que produz baterias e outros componentes, e a Amperex Technologies Ltd. (ATL).

Os executivos acreditavam que a falha era limitada às peças feitas pela própria Samsung, e então cessaram sua produção ao mesmo tempo em que ordenaram a aceleração da produção por parte da ATL para suprir a demanda. Foi quando a empresa iniciou o primeiro recall dos aparelhos.

No entanto, na segunda fase, foi observado que aparelhos considerados “seguros” também estavam pegando fogo, o que indicava que as baterias da ATL também não estavam livres de defeitos. De acordo com a publicação, o relatório que a Samsung apresentará no domingo apontará que o problema nas peças ATL foi causado por falhas em centros de produção causadas pela aceleração repentina da fabricação para distribuição dos celulares substitutos e seguros, mas ainda não houve um esclarecimento sobre qual foi este problema de produção.

Resta aguardar pelo anúncio oficial da Samsung para ver se estas informações se confirmam. A coletiva do domingo é importantíssima, uma vez que a empresa deve apresentar no mês que vem o Galaxy S8, e a coreana precisa deixar muito claro para o público que sabe exatamente qual foi o defeito do Note 7 para não o repetir em futuros produtos. Afinal de contas, estima-se que o prejuízo causado por toda a situação esteja na casa dos US$ 5 bilhões.

Via Wall Street Journal