Empregados de oito dos escritórios do Google nos Estados Unidos interromperam seu trabalho ontem para protestar contra um decreto do presidente Donald Trump. A medida dificulta a entrada de pessoas de sete países de maioria muçulmana no país – mesmo que elas tenham visto, green card ou até dupla cidadania – e teve rejeição de empresas de tecnologia.
De acordo com o The Next Web, o protesto durou cerca de 45 minutos e teve a participação de lideranças do Google, como o próprio CEO da empresa, Sundar Pichai. Uma imagem do protesto pode ser vista no tweet abaixo, de uma funcionária da empresa:
So proud that I work for @Google right now. Fight the Muslim Ban. #googlersunite pic.twitter.com/U9uQ69FZV1
— Rachel Been (@rachelbeen) 30 de janeiro de 2017
Outro alto executivo do Google que falou durante a “mini-greve” foi Sergey Brin, um dos fundadores da empresa. Brin esteve presente também nos protestos que aconteceram ao longo do fim de semana em aeroportos pelos EUA. No protesto do Google, ele falou sobre sua própria experiência: ele chegou aos Estados Unidos como um filho de imigrantes da União Soviética, “que, na época, era o maior inimigo dos EUA”.
Photos from the #GooglersUnite San Francisco protest, from our Vjeran Pavic pic.twitter.com/P4YOMq60Bg
— Casey Newton (@CaseyNewton) 30 de janeiro de 2017
“Eu sei que nós temos muitos, muitos valores que não são universalmente compartilhados, mas eu acredito que esses são tempos especiais e que é importante formar amizades com muitas pessoas diferentes”, disse Brin. Durante o protesto, uma funcionária iraniana do Google falou também sobre sua experiência de ficar detida ao longo do fim de semana no aeroporto, enquanto voltava ao trabalho.