Funcionários de diversos centros logísticos da Amazon na Europa entraram em greve nesta sexta-feira, 23, em plena Black Friday. As greves foram convocadas por sindicatos locais e devem continuar até sábado, 24, em alguns casos.

Na Alemanha, duas unidades entraram em greve, em Bad Hersfeld e Rheinberg. Por lá, a Amazon diz que 620 funcionários deixaram o trabalho, mas que a maior parte da equipe continua operando e que não houve impacto nos pedidos dos clientes.

Na Espanha, a greve é em San Fernando de Henares. O sindicato local diz que até 90% da força de trabalho da empresa no local aderiu à paralisação. Mas a Amazon diz que a estimativa “não reflete a realidade”, e que a maior parte dos funcionários não parou.

Na Itália, o jornal Corriere della Sera reportou que gerentes e outras pessoas em cargos de chefia estavam substituindo os empacotadores nos armazéns do país para lidar com a alta demanda da Black Friday. Há também paralisações no Reino Unido.

Em todos os casos, os funcionários exigem valorização salarial e melhores condições de trabalho. “Estamos entrando no impulso do fim de ano, o período mais estressante para funcionários”, disse Mechthild Middeke, porta-voz do sindicato alemão, à Reuters.

“Especialmente em um dia como Black Friday, trabalhadores deveriam ser o foco principal”, acrescentou. A UNI Global, organização sindical que ajudou a coordenar os protestos em toda a Europa, disse ao site Business Insider que cerca de 2.400 trabalhadores aderiram à greve no continente.

A Amazon, por sua vez, diz que oferece “salários competitivos e benefícios amplos desde o primeiro dia de trabalho”, mas não informou se está negociando com os trabalhadores pelo fim da greve.