Em 2014, “60 Minutes” tornou famosos os disquetes de 8 polegadas usados por um sistema de computador antiquado da Força Aérea que, em uma crise, poderia receber uma ordem do presidente para lançar mísseis nucleares de silos nos Estados Unidos. De acordo o tenente-coronel Jason Rossi, essa realidade irá mudar. O comando estratégico dos EUA anunciou a substituição das unidades por uma “solução de armazenamento digital de estado sólido altamente segura”.
Existe um motivo para os militares insistirem com o sistema antigo, chamado de Sistema Estratégico Automatizado de Comando e Controle, ou SACCS (sigla em inglês). Como ele foi criado antes da existência da internet, é praticamente impossível invadi-lo, uma vez que ele não possui endereço IP. Assim, segundo Rossi, as ordens de emergência enviadas pelos centros de comando aos oficiais de campo ficam ainda mais protegidas.
O Departamento de Defesa planejava substituir o antigo computador IBM Series/1 SACCS e “atualizar suas soluções de armazenamento de dados, processadores de expansão de portas, terminais portáteis e terminais de desktop até o final do ano fiscal de 2017”. A Força Aérea não revelou se o projeto foi finalizado, mas anunciou o aprimoramento da velocidade e conectividade do SACCS.
Apesar da idade do sistema, a Força Aérea tem um bom controle sobre sua manutenção. Além disso, a instalação de um mecanismo totalmente novo não é tão fácil quanto parece. “Você precisa se certificar que um adversário não pode assumir o controle dessa arma e que ela poderá fazer o seu dever quando for acionada”, explicou o presidente do Conselho Científico da Força Aérea, Werner J. A. Dahm, em 2016.