Esta terça-feira, 11, marca o fim de uma era na história da Microsoft e do mercado de celulares como um todo. Nesta data, o Windows Phone 8.1 passa a ser oficialmente abandonado pela companhia, com a confirmação do fim do suporte à plataforma, colocando um ponto final na trajetória do Windows Phone, uma vez que as versões seguntes foram chamadas de Windows 10 Mobile.

O grande problema do fim do Windows Phone é que isso deixa pelo menos 80% da base de usuários descobertos, uma vez que falhas de segurança não devem mais ser corrigidas pela Microsoft. Apenas os outros 20% já usam o Windows 10 Mobile, que ainda é suportado e recebendo atualizações frequentes.

O Windows Phone 8.1 foi distribuído como uma atualização grátis para o WP 8, trazendo várias mudanças de interface e introduzindo a assistente Cortana. É a versão mais popular do Windows para celulares, principalmente porque a Microsoft não foi capaz de cumprir a promessa de liberar o Windows 10 para todos os celulares compatíveis com a versão 8.1.

Com o fim da versão 8.1, o panorama da Microsoft fica ainda mais complicado nos celulares. A empresa já tem participação mínima no mercado, e praticamente não há aparelhos novos saindo com o Windows 10 Mobile, o que força qualquer interessado a comprar Lumias de 2015 ou recorrer a marcas alternativas. Enquanto isso, o ecossistema Android traz novos celulares praticamente todo dia para todos os gostos e bolsos, e a força da marca da Apple alavanca o iPhone a novos patamares a cada trimestre.

É questionável se o próprio Windows 10 Mobile tem algum futuro dentro da Microsoft. Há tempos se especula o “Surface Phone”, que seria uma nova aposta para um celular que seria “diferente de tudo que já foi visto”; a questão é se o sistema operacional dele seria a versão Mobile do Windows 10, ou se seria o sistema operacional completo visto nos computadores adaptado para a tela pequena. A Microsoft tem feito progressos na execução do Windows na arquitetura ARM, muito usada em smartphones, utilizando emulação da arquitetura x86 da Intel, comum nos PCs; a compatibilidade abre portas para alavancar o recurso Continuum a novos patamares, tornando o celular efetivamente em um computador de bolso com muito mais possibilidades do que uma alternativa como o DeX da Samsung, por exemplo.