Em 2008 o Google publicou uma ferramenta que usava dados de busca para criar mapas mostrando como doenças como gripe e dengue se espalhavam por vários países. A plataforma ficou no ar até agosto deste ano, quando foi desativada por não oferecer estimativas corretas, mas agora um time da Universidade de Harvard a trouxe de volta.

Os pesquisadores desenvolveram um novo esquema de organização de informações que, unido a uma calibração contínua, gerou uma forma de acompanhar surtos de gripe com muito menos erro.

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Segundo informa o Ars Technica, a nova ferramenta é melhor que a do Google. Em entrevista ao site, o professor Samuel Kou, que é coautor do projeto, explicou que ele e seu time melhoraram o trabalho iniciado pela gigante de buscas, que não se preocupou com a curadoria dos dados.

A antiga plataforma se chamava Google Flu Trends. Ela pegava informações de busca relacionadas a gripe – coisas como dor de cabeça e calafrios – para informar sobre surtos da doença. O problema é que a falta de curadoria levou a erros consideráveis, como em 2009, quando o sistema não se modificou em meio ao surto de H1N1.

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O ARGO (AutoRegression with GOogle search data) corrige isso. Os pesquisadores pegam o mesmo tipo de dado usado pelo Flu Trends no passado e desenham um modelo que se corrige automaticamente de acordo com as mudanças feitas pelos internautas em suas buscas. Além disso, há comparações com histórico da doença e a exclusão de eventos de inverno para não criar alarmes falsos.