Já vi indivíduos traumatizados por conta de um feedback. No caso mais grave, conheci uma pessoa que teve uma hemorragia provocada pelo estresse de um feedback feito de maneira torturante: ela tinha de ficar de frente para uma parede e de costas para seu chefe e colegas de trabalho que lhe dariam os “feedbacks”, e ela só podia ouvir. Não sei quem foi o idealizador dessa prática infeliz, mas, para minha surpresa, foi aplicada até mesmo em empresas juniores no Brasil.
Um feedback malfeito é motivo para os funcionários sentirem-se desprestigiados e desrespeitados. Nos casos mais graves, causam estresse e doenças.
Essa é a competência de liderança que requer mais atenção a métodos, muito treino e experiência.
A intenção do feedback negativo é interromper um comportamento que não está de acordo com o propósito da empresa, do departamento ou de uma tarefa. Nunca pode ser utilizado para o gestor desabafar sua raiva ou frustrações em cima do empregado.
Sempre deve ser feito em particular e seguir uma estrutura que esclareça qual propósito não foi cumprido, que ação específica resultou na necessidade do feedback e qual compromisso o funcionário estabelecerá para que esse ato não volte a acontecer.
Deve ser um diálogo firme, mas feito com muita educação e domínio emocional dos envolvidos: gerente e funcionário.
A principal função de um líder é desenvolver outros líderes, e o feedback é uma ferramenta para isso. Quando bem aplicado, amadurece o funcionário, recupera aquele que está saindo dos trilhos e lhe dá clareza a respeito do que se espera dele.
Por isso a necessidade de método e muito treino nessa competência.
O importante é que todos estejam informados e seguros de suas responsabilidades. E sejam alertados quando isso não ocorre.
Ninguém consegue gerar resultados duradouros sendo desrespeitado continuamente. Portanto, se quisermos entregar com excelência os produtos aos clientes, e o resultado aos acionistas, temos de ajudar nossos funcionários a trabalhar com os mais altos padrões, mas em um ambiente de respeito e camaradagem. Principalmente nos momentos de feedback.
Vamos em frente!