As tecnologias mais recentes tem sido alvo de polêmicas por muitas vezes estar invadindo a privacidade de seus usuários. Por sua vez, quem pode ganhar com isso, às vezes, são empresas, que podem coletar os dados para personalizar os seus serviços.
Recentemente, a Universidade do Alabama começou um experimento um pouco controverso, que penalizava os alunos espectadores de jogos de futebol, que deixassem o estádio logo ao fim das partidas. Dessa forma, a Universidade conseguia deixar os torcedores mais “fiéis” com alguns benefícios, como estar no topo da lista de espera para pegar um ingresso para partidas importantes do time.
Apesar de se tratar de um experimento para uma função bem específica, tal tecnologia despertou o interesse de outras escolas e faculdades, mas para um uso diferente, que pode se tornar uma tendência. De acordo com o Washington Post, agora, outras escolas contam ou estão desenvolvendo sistemas similares, que rastreiam a localização de seus alunos, mas ao invés de ser utilizado para jogos de futebol, focam em saber como está a frequência deles nas aulas.
Diferente de aplicativos de navegação convencionais, essa nova tecnologia não depende de o celular estar com o seu GPS ativado. Devido as faculdades e escolas americanas possuírem redes WiFi em praticamente toda sua extensão, os celulares se conectam a pontos de transmissão Bluetooth e as próprias redes sem fio, que ajudam no monitoramento dos movimentos de seus alunos.
Mesmo sendo um sistema de grande utilidade para as faculdades, é claro, isso pode não ser bom para os estudantes, que por sua vez podem se sentir incomodados com o fato de estarem sendo rastreados constantemente. O SpotterEDU, uma das tecnologias desse tipo, até tentou deixar a experiência mais divertida para os alunos lhe dando Bitmojis e lhe separando em grupos ou por cores, entretanto, na prática, isso só agregou mais dados para as universidades conseguirem diferenciar melhor os seus alunos.
Fonte: Techdirt