Até hoje, as iniciativas do Facebook destinadas a identificar notícias falsas na rede social se limitaram a enviar links suspeitos para agências de checagem de fatos. A partir desta quinta-feira, 13, porém, a empresa vai expandir esta análise também para fotos e vídeos compartilhados entre usuários.
O processo de análise de fotos e vídeos vai ser igual ao de links. “Nós construímos um modelo de aprendizado de máquina que usa vários sinais de engajamento, incluindo feedback de pessoas no Facebook, para identificar conteúdo potencialmente falso”, explica o Facebook no anúncio oficial da novidade.
Uma vez que o sistema automatizado do Facebook identifica uma foto ou vídeo com conteúdo falso, essa mídia é encaminhada para as agências de checagem de informações que são parceiras da empresa. No Brasil, a rede social tem parceria com as agências Lupa e Aos Fatos.
“À medida que recebemos mais avaliações de agências de checagem sobre fotos e vídeos, poderemos melhorar a precisão de nosso modelo de inteligência artificial”, explica Antonia Woodford, gerente de produto do Facebook. A partir daí, aquela foto ou vídeo classificado como fake news entra em uma de três categorias.
As categorias são “Manipulada ou Fabricada”, quando uma foto ou vídeo passa por um processo de edição ou montagem com o objetivo de adulterar o conteúdo original; “Fora de Contexto”, quando as imagens são verdadeiras, mas são retratadas com o significado errado; e “Reivindicação de áudio ou texto”, quando a legenda de uma foto ou o som de um vídeo têm informações falsas.
O Facebook só não deixou claro o que ele vai fazer com uma foto ou vídeo identificada como falsa. Normalmente, a rede social se limita a reduzir o alcance de posts considerados fake news, mas não os exclui por completo do feed de notícias. Mark Zuckerberg, CEO e fundador da empresa, já explicou essa decisão dizendo que “há coisas que pessoas diferentes entendem errado“.