O Facebook disse, no último domingo (20), que o projeto da moeda digital Libra poderia usar criptomoedas com base em moedas nacionais, como o euro e o dólar, ao invés de sintéticas, como foi proposto inicialmente. A empresa vem sofrendo com grande ceticismo sobre a ideia.
O líder do projeto, David Marcus, reafirmou a ideia de que o principal objetivo do grupo ainda era criar um sistema de pagamentos mais eficientes, mas que estaria aberto a procurar abordagens alternativas para o token de moeda que ele usaria.
“Poderíamos fazer de maneira diferente”, disse ele. “Em vez de termos uma unidade sintética… poderíamos ter uma série de stablecoins, uma stablecoin em dólar, uma stablecoin em euro, uma moeda estável em libras esterlinas, etc”, explicou Marcus. Ele enfatizou que a alternativa ainda não é a opção favorita do projeto. “Nós nos preocupamos com a missão e existem várias maneiras de fazer isso”, disse Marcus à Reuters, ele ainda acrescentou que a libra precisava “demonstrar muita agilidade”.
O planejamento da rede social de Mark Zuckerberg ainda é de lançar a criptomoeda em junho de 2020, mas a empresa reconhece que não poderia atingir esse objetivo em função dos obstáculos regulatórios e das recentes desistências por parte de diversas empresas. Perguntado sobre a data, David Marcus não se mostrou muito otimista: “Vamos ver. Esse ainda é o objetivo”.
“Sempre dissemos que não avançaríamos a menos que abordássemos todas as preocupações legítimas e obtivéssemos a aprovação regulatória adequada. Portanto, não depende inteiramente de nós”, concluiu Marcus.
Via: Reuters