Facebook perde processo e deve remover anúncios falsos de criptomoedas

Anúncios falsos de Bitcoin envolvendo a figura do magnata holandês John de Mol foi motivo de processo; caso a rede não os remova, deverá pagar multa de R$ 5 milhões
Equipe de Criação Olhar Digital12/11/2019 17h10

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Um tribunal holandês determinou que o Facebook remova de sua plataforma propagandas falsas envolvendo investimentos irreais em Bitcoins, ilustradas com celebridades. A decisão foi tomada após John de Mol, criador de reality shows famosos como The Voice e Big Brother, processar a rede social para a retirada de anúncios fraudulentos envolvendo sua imagem. Em função das propagandas enganosas, foi estimado que os investidores tenham perdido US$ 1,88 milhões, algo em torno de R$ 8 milhões.

Para se defender, o Facebook alegou que é um “funil neutro de informação” e não pode ser obrigado a agir contra seus anunciantes. Por outro lado, o tribunal rebateu afirmando que a empresa possui um papel muito ativo em relação às propagandas, de forma que fazem parte do seu principal modelo de negócios.

A Corte também destacou que a rede social define uma política de preços para propagandas e possui uma política para regular o que é anunciado. Diante dessas questões, o Facebook perdeu o processo e deve retirar as propagandas falsas, correndo o risco de enfrentar uma multa de até US$1,2 milhões (R$ 5 milhões).

Não foi a primeira vez que a imagem de Mol foi usada para capitalizar anúncios falsos de criptomoedas. Segundo seus advogados, o magnata se deparou com o problema pela primeira vez em outubro do ano passado.

Outras figuras também já tiveram suas imagens vinculadas à anúncios falsos de criptomoedas no Facebook. É o caso de Martin Lewis, jornalista britânico e apresentador de TV, que acusou a empresa de difamação.

Vale lembrar que a rede social havia proibido anúncios de criptomoedas em 2018, mas voltou atrás com suas políticas. Esta revisão da postura sobre propagandas foi alterada um ano antes do Facebook lançar sua própria criptomoedas, a Libra.

Fonte: Cointelegraph e The Next Web