Qual é a rede social em que a pessoas mais sofrem bullying? Se você respondeu o Facebook, está enganado. Uma pesquisa realizada pela instituição antibullying Ditch The Label revela que o Instagram se tornou a plataforma com maior número de registros de casos de ciberbullying e abusos.
Segundo o levantamento, que foi realizado com adolescentes do Reino Unido, 42% os jovens intimidados na internet foram vitimados através do Instagram, enquanto 37% relataram sofrer ataques no Facebook e 31%, pelo Snapchat. Até então, o Facebook era a plataforma mais usada no ciberbullying – um estudo realizado pela The Trolled Nation em 2013 indicava que 87% dos adolescentes que sofreram intimidações eram impactados através da plataforma.
Já uma outra pesquisa, feita em 2014 pela Cox Communication, descobriu que 39% dos jovens passaram por bullying online no Facebook contra 22% no Instagram, o que revela uma migração dos adolescentes para rede social de compartilhamento de fotos.
De acordo com o relatório da Ditch The Label, as formas mais comuns de ciberbullying incluem comentários desagradáveis publicados em perfis e fotos, mensagens privadas indesejadas e a criação de perfis falsos usando a imagem e informações da vítima.
Um porta-voz do Instagram afirmou para o Olhar Digital que a empresa tem tolerância zero com bullying e está comprometida em assegurar que o Instagram seja um lugar em que as pessoas se sintam confortáveis para se expressar.
“Estamos cientes de que comentários postados por outras pessoas podem ter um grande impacto e por isso mesmo estamos investindo pesado em novas tecnologias para tornar o Instagram um local seguro e de apoio. Disponibilizamos ao usuário a opção de desativar comentários ou fazer a sua própria lista de palavras e emojis que deseja banir dos seus comentários. Por meio de aprendizagem computacional, estamos testando tecnologias para que comentários ofensivos sejam automaticamente bloqueados e não apareçam nas contas das pessoas”, comentou a empresa.
A plataforma ainda encoraja vítimas de bullying a reportar a violência por meio das ferramentas de denúncia da própria rede social.