A esta altura, todo mundo já sabe da crise no Facebook. O escândalo da Cambridge Analytica derrubou a reputação da companhia e deixou claro que, pelo menos no passado, a empresa não tomou o menor cuidado com os dados de seus usuários. E isso tem se refletido no valor da empresa.
Desde que o escândalo foi revelado, na noite de sexta-feira, 16, o valor de mercado da companhia vem se corroendo. No fechamento do mercado daquela sexta, a ação do Facebook valia US$ 185,09, mas nesta segunda-feira, 26, o papel já chegou a ser cotado a 149,02, o que é uma queda brutal de quase 20% em uma semana. Não é algo que acontece cotidianamente com companhias gigantes neste patamar.
Com a desvalorização da ação veio também a desvalorização da empresa. Se naquela sexta-feira antes de o mercado fechar o Facebook valia cerca de US$ 538 bilhões, na mínima desta segunda-feira a companhia valia US$ 433 bilhões, o que significa uma perda de mais de US$ 100 bilhões em apenas uma semana, o que certamente não deve estar agradando investidores.
A crise no Facebook ainda deve ter novos capítulos. Além da corrosão da imagem da empresa, o governo dos Estados Unidos também está de olho na companhia, aumentando o temor de uma regulamentação que seria prejudicial aos seus negócios. A FTC (Comissão Federal do Comércio dos EUA) já decidiu lançar uma investigação sobre a atuação da empresa no fiasco da Cambridge Analytica, o que pode trazer ainda mais problemas.