O Facebook pode ganhar no futuro uma versão paga. A rede social teria iniciado estudos sobre a cobrança de dinheiro dos usuários para eliminar anúncios, de acordo com a Bloomberg.
O Facebook sempre negou a possibilidade de pedir dinheiro dos usuários, mas o recente escândalo do roubo de dados pela consultoria política Cambridge Analytyca fez os executivos da empresa estudarem alternativas ao modelo de negócios baseado em publicidade.
Atualmente, diz a Bloomberg, o Facebook está realizando pesquisas de mercados para saber se o público aceitaria pagar para usar a rede social sem anúncios. As discussões começaram faz pouco tempo, então ainda não há um plano concreto para começar a oferecer assinatura.
No passado, o Facebook chegou a estudar no passado a possibilidade mas concluiu que isso afetaria a imagem da empresa negativamente: os usuários não só não aceitariam pagar como considerariam a empresa gananciosa demais querendo lucrar com um serviço que sempre foi gratuito.
O escândalo da Cambridge Analytyca pode ter mudado a percepção dos usuários. Sabendo que informações de milhões de pessoas foram acessadas indevidamente pela empresa de consultoria política que atuou nas campanhas de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e do Brexit, que votou pela saída do Reino Unido da União Europeia, os usuários podem estar mais inclinados a aceitar pagar por uma assinatura em troca de uma proteção maior dos seus dados pessoais.
Caso o projeto siga em desenvolvimento e chegue a ser oficialmente lançado, não seria o fim do Facebook de graça. Em sua sabatina no Senado dos Estados Unidos no mês passado, o fundador Mark Zuckeberg garantiu que “sempre vai existir uma versão do Facebook que é gratuita.”