Facebook impõe novas medidas pensando na votação do Parlamento Europeu

Agora os anúncios serão verificados e ficarão disponível em uma biblioteca para consulta
Equipe de Criação Olhar Digital29/03/2019 17h30

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Publieditorial

Hoje (29), o Facebook decidiu quais restrições vai impor a suas regras de propaganda política na União Europeia. As medidas serão tomadas pensando principalmente nas próximas eleições do Parlamento Europeu, que acontecem em maio, a fim de evitar a interferência de poderes estrangeiros.

“Estamos introduzindo novas ferramentas para nos ajudar a cumprir duas metas que, segundo os especialistas, são importantes para proteger a integridade das eleições. A ideia é impedir que a publicidade online seja usada para interferência estrangeira e aumentar a transparência sobre as formas de publicidade política”, explica o vice-presidente de soluções políticas globais do Facebook.

As ações buscam fazer que os anunciantes políticos passem por verificações de identidade e localização. Além disso, tudo o que publicarem será rotulado para demonstrar quem é o responsável pelo pagamento, seus detalhes de contato, o orçamento associado e quem visualizou a propaganda com base em idade, locais e gênero. Anúncios que não forem registrados até meados de abril serão automaticamente bloqueados.

Outro recurso que a empresa está introduzindo na União Europeia é a Ads Library. Ela permite que se pesquisem anúncios políticos em um banco de dados público para encontrar informações sobre o número de vezes que eles foram visualizados, bem como dados demográficos de quem os viu — esses dados podem ser consultados por sete anos. Autoridades que supervisionam aspectos como financiamento de campanha podem usar a biblioteca em suas investigações.

O Facebook já foi alvo de averiguações sobre como lidou com as tentativas dos russos de se disfarçarem de anunciantes políticos para influenciar a eleição presidencial americana de 2016. Agora, com mais uma grande votação chegando, a rede social busca se preparar melhor para evitar processos e manter os anunciantes mais responsáveis.

Via: Neowin