Na última sexta-feira (20), o Facebook e o Twitter fecharam uma rede de contas falsas que divulgavam mensagens pró-Trump. As contas se passavam por perfis de americanos, com fotos de rostos gerados por inteligência artificial como fotos de perfil.
O Facebook disse que as contas vêm de uma empresa de mídia com sede nos EUA chamada de The BL, que, segundo a rede social, tem vínculos com o Epoch Media Group. Em agosto, a NBC News informou pela primeira vez que o Epoch Media Group estava enviando mensagens em apoio ao presidente Donald Trump através de plataformas de mídia social como Facebook e Twitter. A Epoch tem extensas conexões com o Falun Gong, uma comunidade chinesa excêntrica que enfrentou perseguição por parte do governo central do país.
Embora a Epoch tenha negado qualquer conexão com o BL em uma declaração ao The Verge, o Facebook discorda: “Com todo o respeito ao editor do Epoch Times, ele pode não saber que os executivos do The BL eram administradores ativos do Epoch Media Group até essa manhã (do dia 20) quando suas contas foram desativadas e o BL foi removido”, disse um porta-voz do Facebook.
O Facebook observou que muitas das contas falsas usadas na campanha mais recente empregavam fotos falsas de perfil que pareciam ter sido geradas por inteligência artificial. Essas contas publicariam conteúdo no BL em outros grupos do Facebook, enquanto fingiam ser americanos. As mensagens pró-Trump eram publicadas “com altísisma frequência” e vinculadas em sites fora da plataforma pertencentes ao BL e ao Epoch Times. As contas e as páginas foram gerenciadas por indivíduos nos EUA e no Vietnã.
O Facebook disse que removeu 610 contas no total, 89 páginas do Facebook, 156 grupos e 72 contas do Instagram que estavam conectadas à organização. Cerca de 55 milhões de contas seguiram uma dessas páginas e 92 mil seguiram pelo menos uma das contas do Instagram. A organização gastou quase US$ 9,5 milhões (cerca de R$ 40 milhões) em anúncios, de acordo com o Facebook.
“O BL agora está banido do Facebook”, disse Nathaniel Gleicher, chefe de segurança da rede social de Mark Zuckerberg, em comunicado. “Continuamos a investigar todas as redes vinculadas e tomaremos as medias necessárias se concluirmos que elas estão envolvidas em comportamento enganoso”, completou Gleicher.
Via: The Verge