O tiroteio em Christchurch, ocorrido na última sexta-feira (15), na Nova Zelândia, deixou 50 mortos e 48 feridos. Os autores do massacre transmitiram um vídeo ao vivo pelo Facebook que, depois de salvo, já foi visto por milhões de pessoas. No sábado, o Facebook anunciou que havia removido mais 1,5 milhão de cópias do vídeo na rede social. Agora, a empresa informa que a transmissão ao vivo foi vista por menos de 200 pessoas, mesmo que depois tenha sido reproduzido ao menos 4.000 vezes.

Nenhuma das pessoas que acompanharam o ataque ao vivo relatou o que estava acontecendo. O primeiro relatório denunciando o vídeo original veio em 29 minutos após o início dele e 12 minutos após o término do ao vivo. O link para o live-stream foi postado no fórum de mensagens anônimo 8chan e, logo após o vídeo de 17 minutos terminar, outro link de download também foi divulgado no mesmo portal.

O Facebook removeu o vídeo e o bloqueou para impedir que fosse enviado novamente. Entretanto, o fato da internet propagar tudo muito rápido não ajudou nesse caso. Nas 24 horas após o ocorrido, ao menos 1,5 milhão de usuários tentaram fazer o upload do conteúdo. Dessa forma, o vídeo foi conquistando espaço em outras redes sociais como YouTube, Twitter, Reddit e Steam.

Agora, o desafio da empresa de Zuckerberg é impedir que o vídeo seja novamente carregado. Nas primeiras 24 horas, 1,2 milhão de tentativas de upload foram bloqueadas, mas de acordo com a equipe de análise de conteúdo da empresa, existem ainda 300 mil versões que conseguiram passar pelos filtros da rede social. Outras plataformas também trabalham para impedir a disseminação de imagens do ataque.

Fonte: The Verge