Facebook desiste de construir drones para levar internet a áreas remotas

Equipe de Criação Olhar Digital27/06/2018 00h00

20170419155617
Publieditorial

O Facebook anunciou o fim do seu programa para construção de drones gigantes nesta terça-feira, 26. As aeronaves autônomas estavam sendo desenvolvidas para levar acesso à internet para áreas remotas do planeta. Com a decisão, a empresa fechará a unidade de criação desses drones e demitirá os 16 envolvidos no projeto.

Lançado inicialmente em 2014, o projeto Aquila se tratava de um drone com asas do comprimento das de um Boeing 747. A aeronave sobrevoaria locais disparando onda milimétricas em direção ao solo para prover acesso à Internet de alta velocidade. Os aeromodelos faziam parte do que o Facebook chamava HAPS (High Altitude Platform Stations, ou Estações de Plataforma de Alta Altitude, em tradução livre).

Para construir essas aeronaves, o Facebook comprou uma fabricante inglesa de veículos aéreos não tribulados, os VANTs. No entanto, a companhia de Mark Zuckerberg anunciou o fechamento da instalação nesta terça-feira, 26, e o encerramento do desenvolvimento das aeronaves. No lugar, a rede social deve optar por usar tecnologias já existentes e trabalhar com outras parceiras do ramo aéreo, como a Airbus.

O anúncio do encerramento da construção do drone veio dias após o site Business Insider reportar que o chefe do projeto, Andrew Cox, havia deixado o Facebook em maio. Agora, a mesma publicação diz que o fechamento da instalação na Inglaterra causará a demissão dos 16 profissionais envolvidos na iniciativa.

Bastante ambicioso, o projeto Aquila apresentou muitos desafios e dor de cabeça para o Facebook. Inicialmente, a rede social se viu envolvida em polêmicas após não reportar que a aeronave caiu durante a aterrissagem em um teste público. Já um segundo vôo, embora mais bem-sucedido, ainda resultou em danos ao drone por conta de falhas nas turbinas durante a aterrissagem.

Para o futuro do projeto, o Facebook anunciou que continuará trabalhando com parceiros para a criação da sua plataforma HAPS e em tecnologias necessárias para que o sistema funcione, como baterias de longa duração e computadores de bordo. Além disso, a companhia pretende apresentar uma proposta na Conferência Mundial de Radio 2019 para obter mais espectros para a sua tecnologia.