O Facebook admitiu em um documento, entregue ao Congresso norte-americano na última sexta-feira, 29, que compartilhou os dados de usuários com diversas empresas de tecnologia, incluindo fabricantes de hardware e software, além de desenvolvedores de aplicativos, em 2015.
O documento, segundo informações do The Hack News, faz parte das respostas às perguntas feitas pelos membros do Congresso, em abril, para o CEO Mark Zuckerberg sobre as práticas da empresa em relação à privacidade de dados de usuários. O texto informa que a plataforma concedeu uma extensão única de seis meses a 61 empresas, incluindo AOL, Nike, United Parcel Service e Hinge.
O Facebook também se associou a 52 empresas nacionais e internacionais, incluindo Apple, Microsoft, Spotify, Amazon, Sony, Acer, Alibaba, Samsung e BlackBerry. Além disso, há pelo menos cinco empresas que, teoricamente, podem ter acessado os dados de amigos, como resultado do acesso à API que foi concedido como parte de um teste beta do Facebook.
A rede social diz que compartilhou as informações com o objetivo de ajudar as empresas a criarem suas próprias versões de recursos do Facebook para seus dispositivos. “Envolvemos empresas para construir integrações para uma variedade de dispositivos, sistemas operacionais e outros produtos onde nós e nossos parceiros queríamos oferecer às pessoas uma maneira de receber experiências do Facebook”, diz o documento. “Essas integrações foram construídas pelos nossos parceiros, para nossos usuários, mas aprovadas pelo Facebook.”
Por outro lado, após o escândalo da Cambridge Analytica, a empresa já interrompeu o acesso de terceiros aos dados de usuários e disse que já interrompeu 38 dessas 52 parcerias, sendo que vai encerrar sua parceria com mais sete até o final deste mês de julho e outra até o final de outubro.