Facebook bane anúncios promovendo bitcoins e outras moedas virtuais; entenda

Equipe de Criação Olhar Digital30/01/2018 23h38

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Publieditorial

O Facebook decidiu acabar com a farra das criptomoedas em sua plataforma. A empresa percebeu um alto volume de anúncios enganosos prometendo ganhos irreais e que acabavam atingindo pessoas mais ingênuas e fazendo-as perder dinheiro. Desta forma, a empresa decidiu barrar todos os anúncios envolvendo as moedas digitais.

A alteração vale para absolutamente tudo envolvendo criptomoedas, incluindo as mais notáveis e respeitadas como Bitcoin e Ethereum. A medida também visa impedir publicidade de ICOs, um tipo de método de financiamento em que empresas captam moedas virtuais e oferecem em troca um tipo de token que pode vir a se valorizar no futuro; o problema é que existe uma abundância de ICOs picaretas que recebem o dinheiro de investidores e somem com a verba.

O Facebook nota que a decisão não é permanente, no entanto. A rede social explica que isso pode mudar daqui a algum tempo, quando sua plataforma ficar mais inteligente e capaz de reconhecer quando um anúncio é enganoso e prejudicial ao usuário. Por enquanto, porém, estão todos banidos.

“Queremos que as pessoas descubram novos serviços e produtos por meio dos anúncios do Facebook sem medo de golpes ou trapaças. Isso dito, existem muitas empresas que estão anunciando opções binárias, ICOs e criptomoedas que atualmente não operam com boa-fé. Essa política é ampla intencionalmente enquanto trabalhamos para reconhecer e identificar melhor as práticas de publicidade enganosas”, explica Rob Leathern, diretor do Facebook, que aponta que a alteração também vale para o Instagram.

Neste momento, o mercado de criptomoedas opera majoritariamente em baixa severa, com quedas próximas aos 10%, embora seja difícil precisar se a decisão do Facebook seja um dos fatores causadores do susto. É um mercado profundamente volátil que pode reagir dramaticamente a qualquer ação que limite o alcance das moedas virtuais, então não seria surpresa se o Facebook tivesse contribuído para isso.