Exército dos EUA trabalha em material que se regenera e muda de forma

Tecnologia foi associada ao robô T-1000 do filme 'Exterminador do Futuro 2'
Luiz Nogueira20/08/2020 19h02, atualizada em 20/08/2020 19h25

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Pesquisadores do Exército dos Estados Unidos se uniram à Texas A&M University para criar um material à base de polímero que pode mudar de forma e se regenerar de maneira autônoma. O objetivo da criação é o de melhorar os futuros veículos aéreos não tripulados e robóticos.

O projeto, que é o primeiro do tipo, pode responder a pequenos estímulos. No futuro, os pesquisadores esperam conseguir incorporar inteligência, permitindo que o material se adapte ao ambiente sem qualquer controle externo.

“Queremos um sistema de materiais que forneça estrutura, detecção e resposta simultaneamente”, diz Frank Gardea, engenheiro aeroespacial e um dos principais envolvidos no estudo.

O especialista ainda prevê que, no futuro, a criação possa ser adaptada para missões aéreas e terrestres, com as “características de reconfiguração do personagem T-1000 do filme ‘O Exterminador do Futuro 2′”.

Para quem não conhece, o filme de ficção científica retrata um robô feito de metal líquido que pode transformar seus membros em armas e se curar após sofrer qualquer dano. Até o momento, o material criado respondeu apenas à temperatura.

O polímero que forma o material é feito de unidades repetidas, como elos de uma corrente. Eles são levemente conectados entre si por meio de reticulações, isso faz com que seja flexível. No entanto, quanto mais ligações cruzadas forem colocadas, mais rígido pode se tornar.

“A maioria dos materiais reticulados, especialmente aqueles impressos em 3D, tendem a ter uma forma fixa, o que significa que, uma vez que você fabrica uma peça, o material não pode ser reprocessado ou derretido”, disse Gardea. No entanto, o pesquisador aponta que sua criação funciona de maneira diferente, podendo “passar de líquido para sólido várias vezes, o que permite que seja impresso em 3D e reciclado”.

A pesquisa ainda está em fase inicial. No entanto, os resultados alcançados podem ajudar na quebra de paradigmas científicos e tecnológicos. De acordo com Gardea, o próximo passo é melhorar o comportamento de ativação e de reconstrução, bem como introduzir a capacidade de resposta múltipla, em que o material pode responder a estímulos além de temperatura.

Via: Military

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital