O vice-presidente da Xiaomi, Lu Weibing, detalhou em publicação na rede social chinesa Weibo, alguns dos desafios que a empresa está enfrentando no desenvolvimento dos carregadores Super Charge Turbo, de 100 W de potência.

Em março de 2019, a Xiaomi apresentou a tecnologia em um vídeo que retratava a capacidade do dispositivo de preencher uma bateria de 4000 mAh em apenas 17 minutos. Quase um ano depois, os carregadores ultrapotentes ainda não chegaram ao mercado.

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Weibing pontuou pelo menos cinco dificuldades primárias na concepção do Super Charge Turbo.

A perda na capacidade da bateria ao longo do tempo é uma delas. Segundo o líder da Xiaomi, a potência de 100 W tende a aquecer demais as baterias. Em testes feitos pela empresa, as baterias perderam até 20% de capacidade em comparação com o uso de carregadores turbo de 30 W.

Outro apontamento de Weibing é a dificuldade de implantar a tecnologia. Sem entrar em muitos detalhes, ele disse que o Super Charge Turbo requer uma solução de carga de ultra-alta tensão.

Quanto à performance, o VP da Xiaomi disse que a empresa quer que a tecnologia seja sustentável do ponto de vista do desempenho, e não vai implementá-la com os recursos disponíveis atualmente.

A segurança é mais um ponto sensível: para garantir o uso seguro do dispositivo, a Xiaomi precisa trabalhar em sistemas de proteção para diferentes componentes, incluindo a placa mãe, a bateria e o próprio carregador.

Por fim, a companhia também considera a adaptação da tecnologia para dispositivos de recarga sem fio.

Weibing não revelou quando a Xiaomi vai lançar um smartphone com a super recarga de 100 W, mas demonstrou que a tecnologia já está em fase inicial de produção. Porém, a mensagem de Weibing deixa claro que a gigante chinesa ainda tem muito trabalho pela frente.

 

Fonte: GsMarena