A diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg, propôs durante um debate no Fórum Econômico Mundial de Davos que usuários da rede social usassem mensagens positivas para neutralizar discursos de ódio na plataforma. O debate (em inglês) pode ser visto aqui; a fala de Sandberg começa por volta dos 18 minutos.

De acordo com a diretora de operações, uma das melhores maneiras de se combater discursos de ódio na internet é “criar contra-discursos ao discurso que promove ódio”. Sandberg citou o exemplo de usuários da rede social na Alemanha que “curtiram” uma página neo-nazista no Facebook e a encheram de mensagens positivas. Nas palavras da executiva, a estratégia foi um “ataque de curtidas”.

Sandberg falou sobre a forma como o Facebook combate postagens e páginas que promovem pontos de vista racistas, machistas, homofóbicos, xenofóbicos ou violentos de qualquer outra maneira. De acordo com ela, parte da estratégia da rede social é incentivar usuários a responderem essas mensagens com outras, que ofereçam pontos de vista opostos e mais positivos.

Paz na timeline

O que Sandberg descreve é a estratégia que o Facebook tem adotado para lidar com discursos de ódio: a rede social derruba páginas e posts que outros usuários marcam como ofensivos, mas não vai ativamente atrás de encontrar essas mensagens. 

Uma medida que a rede social efetivamente toma, segundo a executiva, é criar parcerias para incentivar usuários a criarem campanhas anti-terrorismo na plataforma. a diretora de operações da rede citou iniciativas do tipo na Alemanha e nos Estados Unidos.

De acordo com o Recode, porém, a empresa não altera seu algoritmo do feed de notícias (a tecnologia que escolhe o que aparecerá na timeline dos usuários) para apagar esses discursos. A postura do Facebook nesse aspecto é oferecer um campo supostamente neutro e responsabilizar os usuários por fazer com que discursos positivos tenham mais visibilidade.