Anthony Levandowski, engenheiro autônomo cujas manobras ajudaram a promover uma ação multimilionária entre a Waymo e a Uber, foi acusado por promotores públicos de 33 processos de tentativa de roubo de segredos comerciais.

As acusações criminais da Procuradoria do Distrito Norte da Califórnia espelham as queixas feitas pela Waymo, a divisão autônoma da Alphabet, no processo de 2018, que alegam que Levandowski roubou 14.000 documentos do Google contendo informações sobre seus carros autônomos, baixando tudo em seu laptop pessoal.

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Pouco depois de Levandowski deixar o Google, ele fundou a Otto, uma startup de caminhões autônomos que foi rapidamente adquirida pela Uber por quase US$ 700 milhões. A Waymo argumenta há muito tempo que o Uber acabou supostamente roubando os arquivos e simplesmente disfarçou o processo como uma aquisição. Neles estavam desenhos e esquemas relativos a circuitos e sensores que foram usados nos veículos autônomos do Google. Se condenado, Levandowski pode pegar até 10 anos de prisão e pagar uma multa de US$ 250.000.

Desde o acordo, Levandowski entrou novamente no mundo das startups, fundando uma nova empresa chamada “Pronto.ai”. Em dezembro passado, ele revelou que havia projetado um sistema avançado de assistência ao motorista baseado em câmera (ADAS) chamado Co-Pilot, que visava a indústria de caminhões de longa distância. Para ajudar a vender seu novo produto, Levandowski o levou para um test drive: uma viagem de quase 5000km de São Francisco a Nova York, sem qualquer intervenção humana.

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Em um comunicado, os advogados de Levandowski negam que seu cliente tenha roubado qualquer coisa e afirmam que ele estava autorizado a baixar o material do Google enquanto trabalhava na empresa.

O julgamento de Levandowski está previsto para esta quarta-feira (27), nos EUA.

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Via: TheVerge