Responsável por chefiar o Google de 2001 a 2017, Eric Schmidt acredita que a internet vai passar por uma espécie de mitose e se dividirá até 2028. Segundo reportagem da CNBC, a expectativa do ex-CEO é de que a rede seja separada em duas dentro dos próximos anos. Uma das partes será encabeçada pelos EUA, enquanto a outra terá a China como principal país por trás.

“Se você observar a China, a escala das empresas, dos serviços e da riqueza que estão sendo construídas por lá é fenomenal”, disse o executivo, em um evento fechado realizado nesta semana em São Francisco (EUA). Proporcionalmente falando, “a internet chinesa representa um percentual maior do PIB do país, que é enorme, do que nos EUA.”

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Segundo Schmidt, “veremos uma liderança fantástica da China em termos de produtos e serviços” – o que é interessante e, ao mesmo tempo, preocupante, dado o histórico de censura do regime chinês, como o próprio executivo ressaltou.

O ex-CEO está longe de ser o único a acreditar nesse crescimento enorme da internet e das empresas de tecnologias da China. Seu ex-empregador prevê esse aumento na importância – e inclusive quer fazer parte dele, como algumas iniciativas recentes deram a entender. Mesmo diante de críticas, o Google está supostamente conversando com o governo local e trabalhando em uma versão censurada de seu buscador para entrar de vez no país.

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O Facebook, outro gigante da internet, é outro que vem tentando uma aproximação. A rede social é proibida no território chinês, mas a empresa por trás conseguiu autorização para abrir seu primeiro escritório por lá recentemente. Ou seja, ainda que eventualmente tenhamos uma internet liderada pela China, é possível que os serviços de Google e Facebook estejam presentes.