Valerie Plame Wilson, uma ex-agente da CIA, quer que Donald Trump pare de tuitar. E, se o Twitter não está disposto a impedir que o atual presidente dos Estados Unidos pare de “encorajar supremacistas brancos” e “promover violência contra jornalistas”, o plano de Wilson é comprar a empresa e, então, expulsá-lo da rede social.

Com essa finalidade, ela montou uma vaquinha no site GoFundMe com o objetivo de arrecadar US$ 1 bilhão (cerca de R$ 3,12 bilhões). Para ajudar a promover a vaquinha, ela também criou a hashtag #BuyTwitter e, naturalmente, usou a rede social para compartilhar a mensagem, como pode ser visto abaixo:

publicidade

Como o TechCrunch ressalta, mesmo um bilhão de dólares não deve ser suficiente para comprar a rede social (atualmente, ela está avaliada em cerca de US$ 12 bilhões). Mas o plano de Wilson leva isso em consideração. Ela pretende usar o dinheiro arrecadado para comprar ações da empresa em número suficiente para lhe dar uma voz na reunião anual de acionistas da rede social.

“Se nós não conseguirmos uma fração majoritária [das ações], vamos explorar opções para comprar uma fração significativa na companhia e levar essa ideia à reunião”, explica a ex-agente da CIA. Se isso também não der certo, o plano dela é simplesmente doar o dinheiro arrecadado para a organização sem fins lucrativos Global Zero, que se empenha em prevenir guerras nucleares. 

publicidade

Ameaça global

Wilson não quer apenas expulsar Trump do Twitter por motivos pessoais. Como ela informa no site da vaquinha, “existe um perigo real de que os tweets de Trump comecem uma guerra nuclear”. Mais especificamente, ela se refere às mensagens que o atual presidente dos EUA compartilhou na rede sobre suas preparações para uma eventual guerra nuclear contra a Coreia do Norte, uma das quais pode ser vista abaixo:

publicidade

Por esse motivo, Wilson incita os leitores a comprar o Twitter “e deletar a conta do Trump antes que ele a utilize para começar uma guerra nuclear”. “Nós não podemos tirar as armas nucleares das mãos do Trump (ainda!), mas podemos tirar dele o maior megafone que ele tem e impedir que ele tuíte o armagedom”, diz.

Naturalmente, a Casa Branca não levou a sério a iniciativa de Wilson. Em uma declaração enviada ao site APNews, a secretária Sarah Huckabee Sanders disse que “sua ridícula tentativa de violar a primeira emenda [a lei estadunidense que garante liberdade de expressão] de Trump é a única violação e expressão de ódio e intolerância nesse caso”.