Com cada inovação no espaço da inteligência artificial, torna-se ainda mais tentador imaginar um futuro próximo cheio de robôs humanoides prontos e dispostos a realizar qualquer tarefa.

No entanto, além da ficção científica, os europeus estão pensando na parte prática desse futuro. O Comitê de Assuntos Jurídicos do Parlamento Europeu aprovou uma proposta para pensar nos direitos e leis da robótica.

Um relatório apresentado durante um painel especulativo de futuristas afirma que estamos à beira de avanços da inteligência artificial que vão desencadear uma nova revolução industrial.

Os dados preveem praticamente todos os resultados possíveis de nossa coexistência com os robôs, desde o imediato, como a perda de emprego por conta da automação, até os mais rebuscados, como a inteligência artificial superando a cognição humana e controlando nossas mentes para suas vontades.

“Um número crescente de áreas da nossa vida diária é cada vez mais afetado pela robótica”, afirma a parlamentar Mady Delvaux. “Para garantir que os robôs estejam e permaneçam a serviço dos seres humanos, precisamos urgentemente criar um sólido quadro jurídico.”

Os destaques do relatório são:

  • Adoção das três leis da robótica, de Isaac Asimov, que dizem que um robô não deve ferir um humano, deve obedecer aos humanos, e proteger sua existência – desde que isso não entre em conflito com as duas outras leis;
  • Incluir uma função que permita desligar robôs defeituosos em caso de emergência;
  • Garantir que os robôs possam ser identificáveis, ou seja, eles não podem ser confundidos com humanos;
  • Criar um seguro obrigatório para robôs;
  • Criar taxas para robôs, caso se envolvam na economia;
  • Criar um “estatuto jurídico específico” para os robôs.