Por Marcelo Gripa

Apesar de telas flexíveis similares a papel serem visualmente impressionantes, até hoje nenhuma empresa colocou em prática um produto que realmente fizesse uso da tecnologia. A Queen’s University, no Canadá, propõe uma aplicação prática: um smartphone que realmente aproveita a flexibilidade do display para acrescentar funcionalidades.

Para isso, a equipe utilizou um painel OLED flexível da LG, com resolução 720p e sensores capazes de compreender os movimentos. O aparelho em si utiliza um Android 4.4, com drivers customizados. Os componentes físicos ficam localizados na parte não flexível do protótipo, que fica nas bordas aos lados da tela.

Entre as aplicações criadas pela universidade estão, por exemplo, virar as páginas de um e-book. Quanto mais você entortar, mais rápido as páginas viram. Outro exemplo é um jogo de Angry Birds, em que é possível controlar a estilingada com o movimento da tela do celular. Graças a motores de feedback háptico, também é possível sentir nas mãos o virar das páginas ou o elástico do estilingue sendo esticado.

O aparelho é apenas um protótipo, no entanto, e não deve se transformar em um produto comprável por enquanto. A previsão dos criadores é que isso esteja em aparelhos comerciais em até cinco anos, mas nada impede que isso aconteça antes. Os cientistas esperam apresentar o protótipo em uma conferência na Holanda, que trata sobre a interação humano-computador.