Quando foi anunciado, o G5 SE levantou dúvidas sobre em qual setor iria competir de fato. Com um hardware mais enxuto do que a versão principal do top de linha, o smartphone parecia que iria ser um concorrente do iPhone SE e de outros celulares considerados “intermediários premium” e que saem entre R$ 2,4 e R$ 2,9 mil. No entanto, não foi nada disso o que aconteceu.
Ao chegar por aqui custando R$ 3.499, o smartphone não faz valer o preço anunciado. Isso não quer dizer que ele seja um telefone ruim ou que não mereça atenção. Ele é excelente no que se propõe, mas não compensa o investimento. Quem tiver essa quantia na carteira pode escolher melhores opções no mercado.
Nessa faixa de preço ele chega para compartir frente com os principais tops de linha da Samsung, Sony e Apple. Em alguns aspectos ele pode até fazer frente aos concorrentes, mas em geral fica para trás já que essa missão é do G5 e não de seu “primo pobre”. Nossos testes provaram exatamente isso.
O principal ponto de destaque do telefone é a bateria modular. O recurso é de fato interessante e as propagandas que começam a ser veiculadas prometem um telefone que nunca irá deixar você na mão por falta de bateria. No entanto, se você não quiser gastar em uma bateria reserva ou nos módulos da empresa, não irá utilizar o recurso para praticamente nada.
Novamente voltamos a falar do preço. Isso porque o telefone foi anunciado prometendo funções fantásticas. No entanto, para executar algumas delas, você precisa adquirir equipamentos específicos chamados pela empresa de “friends” e que são módulos encaixáveis, tais como a 360 CAM (R$ 1.799), o módulo de som Hi-Fi Plus (R$ 1.299), o módulo fotográfico CAM Plus (R$ 649), além do fone de ouvido H3 by B&O PLAY (R$ 1.399). Ou seja, se quiser explorar tudo o que o telefone pode oferecer, você irá ter que gastar algo em torno de R$ 8.650.
É claro que somente as vendas irão provar se a LG errou ou não em sua estratégia com o G5 SE. É esperar para ver. As previsões, no entanto, não são das melhores.