Pássaros se chocando contra aeronaves não são novidade em viagens aéreas, e por esse motivo diversos testes são realizados para atestar a resistência das aeronaves ao impacto em alta velocidade contra animais. Com o avanço das tecnologias, um novo mal surge: os drones. Esses novos dispositivos estão fazendo com que novos testes sejam realizadas para determinar sua capacidade de causar danos.

Pesquisadores alemães estão conduzindo um estudo para determinar qual o nível de dano que a colisão de um drone contra uma aeronave pode causar. Os testes estão sendo feitos no Instituto Ernst Mach, na Alemanha. Eles estão utilizando canhões de ar de alta velocidade para disparar peças de drone em placas que compõem a estrutura de aviões.

As colisões com pássaros, por exemplo, são testadas ao se disparar uma ave congelada, como uma galinha ou peru, de um canhão de ar. Para testar o ataque de drones estão sendo lançados alguns de seus componentes, como baterias e motores, já que estas peças representam grande parte de sua massa.

Sebastian Schopferer, do Instituto Ernst Mach, justificou os testes que estão sendo realizados: “Do ponto de vista mecânico, os drones se comportam de maneira diferente dos pássaros e pesam consideravelmente mais. Portanto, é incerto se uma aeronave que foi testada com sucesso contra a colisão de pássaros também sobreviva a uma colisão com um drone.”

Os drones foram disparados a velocidades que iam de 400km/h a 915km/h aproximadamente. Os testes foram realizados em chapas de alumínio de até 8 milímetros de espessura. Sem surpresa, houve uma “deformação substancial” das placas e as peças ficaram “completamente destruídas”.

Ainda é necessário fazer uma variedade de testes para determinar se são necessárias melhorias na estrutura das aeronaves para suportar a colisão com esses “pássaros de lata”. Quando a equipe estiver com os resultados dos testes concluídos, eles esperam que seja possível que engenheiros testem virtualmente diferentes superfícies ou materiais sem a necessidade de um equipamento de testes caro.

Via: TechCrunch