Equipamento de realidade virtual identifica quando o usuário está estressado

Para isso, a tecnologia consegue medir a frequência cardíaca, dilatação da pupila e expressões faciais
Luiz Nogueira01/10/2020 16h00, atualizada em 01/10/2020 16h30

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Um novo headset de realidade virtual, batizado de Omnicept por sua criadora, a HP, é um pouco diferente dos que já existem no mercado. Isso porque, usando uma variedade de sensores biométricos, o equipamento detecta quando o usuário está cansado ou estressado.

O dispositivo consegue, além de oferecer uma experiência de realidade virtual, medir a frequência cardíaca, expressões faciais e tamanho da pupila dos utilizadores. De acordo com o site CNet, o projeto pode se tornar uma ferramenta bastante valiosa em treinamento profissional de alto risco para algumas profissões, como pilotos e médicos, em que a tecnologia avaliaria como o indivíduo lida com tarefas específicas.

Para testar esse rastreamento, a companhia analisou mil participantes de quatro continentes. Para isso, dados coletados dos olhos, rosto e pulso desses indivíduos foram usados para entender como o Omnicept interpreta essas informações.

Reprodução

Equipamento consegue medir frequência cardíaca, expressões faciais e tamanho da pupila. Foto: HP/ Divulgação

Além disso, a HP planeja usar sua criação para adicionar mais contexto emocional aos avatares de realidade virtual. A ideia é, durante conversas em vídeo, por exemplo, o personagem sorrir quando o usuário que está com o equipamento fizer o mesmo. Mesmo assim, a empresa reconhece que isso pode demorar a acontecer.

A plataforma de monitoramento do Omnicept é oferecida gratuitamente pela HP para quem quiser comprar o headset e experimentar os sensores. Mas, além disso, há uma opção de compra para que empresas adquiram uma licença corporativa para utilização da tecnologia.

Atualmente, existem muitos equipamentos voltados para o treinamento em realidade virtual. No entanto, o objetivo dessa criação é o de adicionar mais ferramentas e aprimorar as formas como as pessoas são preparadas para certas tarefas.

Apesar dos avanços obtidos até então, Jeremy Bailenson, um especialista em realidade virtual de Stanford que trabalhou no Omnicept, diz que a ampla utilização da tecnologia não deve ocorrer imediatamente. “É um horizonte de pelo menos cinco anos”, afirma.

Via: CNet

Luiz Nogueira
Editor(a)

Luiz Nogueira é editor(a) no Olhar Digital