Depois do ataque a Paris, empresas de tecnologia, entre elas a Apple, o Facebook e o Google, fizeram um aviso se posicionando contra o enfraquecimento das ferramentas de criptografia usadas em sistemas de seguranças de indústrias como a bancária e do transporte.
Isso aconteceu como uma resposta a ideias que sugiram numa reunião das nações do G20 que aconteceu na última segunda-feira, 16, onde eles discutiram a reação aos eventos na França e o lançamento de iniciativas de segurança conjuntas para combater o Estado Islâmico.
Dean Garfield, CEO do Conselho da Indústria da Tecnologia da Informação (ITIC), afirmou que por mais que eles apreciassem o trabalho que estavam tendo para a proteção do povo, o enfraquecimento da criptografia e criação de buracos propositais em dispositivos encriptados criará vulnerabilidades que podem ser usadas pelos “caras maus”, o que causaria danos físicos e financeiros para a sociedade e a economia.
Enquanto tudo isso acontece, o Washington Post juntou declarações feitas por Pavel Durov, CEO do app de mensagens criptografadas Telegram, que parece estar voltando atrás a respeito do seu conhecimento do uso do seu serviço pelo Estado Islâmico.
Em setembro, Durov, cuja companhia não é membro do ITIC, admitiu que o grupo estaria usando o Telegram. Na última semana ele usou o seu o seu perfil no VK (equivalente russo do Facebook também criado por ele) para sugerir que banir palavras pode ser um jeito melhor de combater o extremismo do que voltar seus alvos para a tecnologia. Apesar disso, uma declaração postada no site da companhia contradiz isso ao afirmar que eles ficaram chicados ao saber que os canais do Telegram estavam sendo usados pelo Estado Islâmico.
A Telgram também confirmou que 78 canais que eram relacionados ao Estado Islâmico foram bloqueados desde o ataque em Paris. A Reuters, entretanto, afirma que novos estão sendo criados tão rápidamente quanto estes estão sendo removidos.