A empresa britânica Oxitec está testando usar mosquitos geneticamente modificados para reduzir a incidência do vírus Zika. Apelidado de “Aedes aegypti do bem”, o mosquito da Oxitec ajuda a reduzir a população do Aedes Aegypti nos locais onde é utilizado. 

A ideia, segundo a Intrexcon (empresa dona da Oxitec), já foi testada em outros locais e conseguiu reduzir em mais de 92% a população dos mosquitos trasmissores do vírus. Mais recentemente, a empresa anunciou uma parceria com o governo da cidade de Piracicaba para tentar controlar casos de Zika, chikungunya e dengue na região

Mosquitos estéreis

A Oxitec modifica geneticamente os mosquitos machos para que eles se tornem estéreis. Isso faz com que o acasalamento entre os mosquitos não gere descendência, o que reduz a população do Aedes Aegypti em um prazo consideravelmente pequeno, já que o ciclo de vida do mosquito é relativamente curto. 

Introduzir indivídous geneticamente modificados na população de mosquitos tem se mostrado uma estratégia mais eficiente no combate ao Aedes aegypti que a esterilização por radiação dos mosquitos. Como o Zika vírus ainda não é tratável e não existe vacina para ele, único método de combatê-lo é evitar a infecção.

O Ministério da Saúde acredita que o vírus está relacionado a um aumento nos casos de microcefalia em bebês recém-nascidos. O número de casos de microencefalia registrados em 2015 foi dez vezes maior do que o número registrado em 2014.