O telemarketing é provavelmente uma das coisas mais irritantes do nosso dia a dia e é impossível não ficar sujeito a ele toda vez que se preenche um cadastro novo em uma loja ou se disponibiliza um contato. Contudo, esse suplício pode chegar a níveis extremos e, na melhor das hipóteses, render uma bela indenização para a vítima. Como foi o caso de Veronica Davis, uma residente do estado do Tensessee, nos Estados Unidos.  

Davis teve que abrir um processo contra uma loja de móveis a norte-americana chamada Conn, depois que as ligações continuaram constantes e frequentes, mesmo quando ela pediu que parasse de ser contatada. De acordo com o advogado, Frank Kerney, sua cliente recebeu mais de 300 ligações, feitas com software automático, chegando até a receber uma dúzia de chamadas por dia. A empresa acabou multada em US$469 mil dólares, cerca de US$1.500 por ligação. 

A acusação baseia-se na quebra da lei TCPA, que restringe o uso de chamadas com software automático e telemarketing. Ou seja, após a revogação do consentimento de Davis, as ações da Conn tornaram-se ilegais. 

O mediador do caso, Michael Russell, deu 30 dias – a partir de 25 de março- para que a imobiliária pagasse a multa para a cliente. A empresa apresentou uma moção para retirar a pena, mas Kerney está muito confiante na vitória. 

As ligações começaram em setembro de 2015, um mês depois de Davis ter comprado móveis na loja. A cliente teria que pagar suas compras até o quinto dia útil do mês, tendo, também, um período extra de 10 dias sem acrescentar juros. No entanto, após receber muitas chamadas para relembrá-la de fazer o pagamento, ela retirou sua permissão de receber ligações em março de 2017. 

A moral que fica do caso é: se tivesse sido usado um atendente humano, a empresa teria acatado a ordem de não a ligar mais, ou seja, as máquinas se mostraram falíveis e de um jeito bem caro. Ou, talvez a lição seja: se você tiver muito irritado com o telemarketing, saiba que pode ganhar um bom dinheiro com isso. 

Via: Engadget