Empresa pretende construir arranha-céus que fica pendurado de um asteroide

Redação30/03/2017 12h38, atualizada em 30/03/2017 13h23

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Um prédio com centenas de andares que fica flutuando sobre a superfície da Terra. Parece ideia de ficção científica, mas é um projeto real: trata-se da Analemma Tower, um arranha-céus enorme conceitualizado pelo escritório de arquitetura Clouds Architecture Office.

A torre, que seria “a estrutura mais alta do mundo” se fosse construída, exigiria que um asteroide fosse capturado do espaço para servir como “apoio”. O sistema ateroide+torre ficaria em órbita geossíncrona sobre a Terra, descrevendo uma trajetória semelhante a um número 8 entre Nova York (nos EUA) e Quito (no Peru), como pode ser visto na imagem abaixo:

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“Manipular asteroides não é mais [um conceito] relegado à ficção científica”, alega a empresa, citando recentes acordos da Europa sobre mineração de rochas espaciais e um plano da NASA para recuperar um asteroide. A partir da rocha, a empresa estenderia cabos que sustentariam o topo da estrutura.

O período de deslocamento da torre seria de 24 horas, para que ela passasse no mesmo lugar a cada dia na mesma hora. A empresa já chegou até mesmo a definir onde a construção da megaestrutura seria feita: Dubai. “[A cidade] tem provado ser uma especialista na construção de edifícios altos a um custo de 20% da construção em Nova York”, diz.

Uma vez finalizada, a estrutura seria transferia a sua órbita final. Até mesmo o ritmo de trabalho dos pedreiros que ergueriam (ou desceriam?) o prédio já foi pensado, como pode ser visto abaixo:

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A estrutura ainda teria algum grau de autossuficiência – o que seria importante, já que não seria tão fácil assim levar provisões até lá. Ela teria painéis solares em sua parte superior, acima das nuvens, para coletar energia solar, e usaria um circuito semiaberto para gerenciar suas provisões de água.

Além disso, ela também seria capaz de captar água a partir da umidade do ar, e usaria elevadores eletromagnéticos para contornar as restrições impostas por elevadores a cabo. Mais imagens do projeto podem ser vistas abaixo:

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Como as condições de vida mudariam radicalmente entre os andares do edifício, a empresa também considerou que as janelas precisariam ser diferentes dependendo da altura. Isso por causa das diferenças de pressão e temperatura (muito menores nos andares mais altos).

“Por exemplo, embora possa haver o benefício de 45 minutos a mais de luz do sol a uma elevação de 32 mil metros [nos andares superiores], o quase-vácuo e a temperatura de -40ºC impediria que as pessoas saíssem sem roupas de proteção”, diz.

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O edifício também teria, em alguns andares, plataformas para troca de bens e pessoas. Seria por meio delas que os ocupantes do prédio entrariam, usando algum sistema de transporte aéreo. Para sair, por outro lado, a empresa tem um plano mais empolgante: paraquedas. Os ocupantes que precisassem voltar para casa com urgência poderiam simplesmente pular das janelas de alguns andares e descer até a Terra, como ilustrado pela imagem lá de cima.

Vale notar, no entanto, que o projeto por ora é só isso: um projeto. Não é, porém, algo sem fundamento: numa declaração enviada à NBC News, a empresa ressalta que “se a recente explosão em torres residenciais provou que o preço por metro quadrado aumenta com a altura, então a Analemma Tower baterá recordes de preços, justificando seu custo elevado.

Além disso, a Clouds Architecture Office recentemente fez uma parceria com a NASA para construir uma habitação para humanos em Marte, o que sugere que a empresa já tem algum nível de conhecimento sobre projetos de escala espacial.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital