Empresa de fones de ouvido é acusada de espionar usuários

Redação20/04/2017 19h26, atualizada em 20/04/2017 19h30

20170420162605

Compartilhe esta matéria

Ícone Whatsapp Ícone Whatsapp Ícone X (Tweeter) Ícone Facebook Ícone Linkedin Ícone Telegram Ícone Email

A Bose, marca de fones de ouvidos, está sendo processada por espionar os usuários de seus dispositivos através de um aplicativo, que coleta dados sobre os hábitos de escuta da pessoa, e compartilhar as informações sem autorização.

O norte-americano e autor do processo, Kyle Zak, alega ter seguido a sugestão da empresa de “tirar o máximo proveito de seus fones de ouvido” baixando o aplicativo Bose Connect e fornecendo informações pessoais como seu nome, número de telefone e endereço de e-mail.

A empresa diz que o seu aplicativo se destina a ajustar o cancelamento de ruído dos fones que oferecem essa tecnologia, gerenciar com maior rapidez os dispositivos de áudio conectados e exibir outras configurações.

No entanto, Zak descobriu que o programa faz mais do que isso, ele também “interceptou e coletou todas as informações de mídia disponíveis” do smartphone quando os dois dispositivos estavam emparelhados. A companhia teve acesso a títulos e informações gerais de cada música, podcast ou outro arquivo de áudio que o usuário abriu e compartilhou com a Segment, uma empresa de que coleta dados de clientes e ajuda a encaminhá-los para empresas de análise e marketing.

Na ação, o usuário afirma que a Bose não informou que esses dados seriam coletados e compartilhados com terceiros, sendo que no contrato de licença do aplicativo diz que “pode coletar, transmitir e armazenar ” vários dados de clientes em “servidores operados por terceiros em nome da Bose”, mas não menciona especificamente a coleta de dados de arquivos de áudio.

Ainda na política de privacidade, a Bose especifica que “pode se associar com certos terceiros” para coletar “informações não pessoais” e “envolver-se em análise, auditoria, pesquisa e relatórios”, além de mencionar a Segment como parceira que ajuda a “controlar os dados do aplicativo”. Além disso, que os dados coletados “não são usados para criar perfis de usuário para propagandas comportamentais ou fins semelhantes”.

A ação diz que o contrato é controverso e, casos, seja certificada como uma ação de classe, ela se aplicativa a todos os usuários que tiveram seus dados coletados.

[Business Insider e Fortune]

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital