Empresa cria mesa de holograma realista por US$ 10 mil

VX1, da Voxon, é capaz de transformar imagens 3D em hologramas em tempo real; CEO da empresa afirma que tecnologia pode ser usada futuramente na área da saúde, em escolas e para entretenimento
Redação02/12/2019 21h15, atualizada em 02/12/2019 23h30

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A ficção retrata hologramas perfeitos há décadas, como os vistos nos filmes de Star Wars. Agora, ao que tudo indica, eles podem se tornar realidade. A Voxon Photonics anunciou uma nova mesa de holograma chamada VX1, que apresenta imagens em 3D e pode ser controlada por uma espécie de controle remoto moderno.

Apesar da popularidade que tecnologias VR e AR ganharam recentemente, o produto não necessita de óculos ou fones de ouvido, pode ser observado somente com os olhos. Ele possui uma cúpula de vidro por cima e pode exibir imagens holográficas de 18x18x8 centímetros.

A mesa divide uma forma 3D em fatias de camadas horizontais e, em seguida, realiza a manobra de projetar tais fatias em um único pedaço de vidro traseiro, que é arremessado para frente e para trás em 15 ciclos por segundo. Isso faz com que as imagens “flutuem” no ar e demonstrem semelhanças com os hologramas apresentados por George Lucas nos filmes.

O sistema rastreia a localização do vidro e sincroniza com um projetor de 4 mil quadros por segundo, para que cada fatia seja projetada na altura certa. O empilhamento delas ocorre de forma muito rápida, o que faz com que o usuário não perceba o processo feito a olhos nus. O CEO/CTO da empresa, Gavin Smith, afirmou que para executar tudo em tempo real era necessário “o melhor programador do mundo”.

Funcionalidades

O CEO explicou que aumentar o tamanho da tela resultaria em uma dificuldade maior para a movimentação das imagens, o que impediria uma ilusão sólida. No entanto, Smith afirmou que a mesa funciona bem para games, suportando o mecanismo Voxatron, com plug-ins para Unity e Kinect, entre outras coisas, para exibir jogos resistentes.

Além disso, ele revelou que a mesa pode ser útil para revelar imagens médicas com precisão, como um scanner de tomografia computadorizado, algo que, segundo o próprio, não pode ser feito em um computador. Entre as funcionalidades descritas, dissolver uma imagem entre ossos, tecido muscular, órgãos e vasos sanguíneos em tempo real. “Você não pode fazer isso com o software para PC, não é rápido o suficiente, e o nosso é muito avançado”, afirmou o CEO.

Smith disse que pretende transformar a criação em algo social, possibilitando “fogueiras virtuais” e mesas de bares que transmitem eventos esportivos ao vivo diretamente sobre elas. “Estamos pegando carona em muitos dados volumétricos que estão sendo capturados para VR e AR pela Intel, Microsoft e todos esses grandes laboratórios de captura de VR”, disse. “Esses caras estão capturando dados volumétricos 3D de uma cena de vídeo inteira. Assim, você pode contorná-los em VR, mas podemos apresentá-los em um meio alternativo”, concluiu.

Outra forma de utilização da tecnologia seria contribuir para o aprendizado nas escolas. O criador enxerga a capacidade de mostrar moléculas e átomos aos alunos por meio do holograma. “Existe um interesse real das escolas e universidades. A dificuldade existente é a capacitação e a orientação de uso, e os professores já estão sobrecarregados com outras coisas”.

Os vídeos são falsos?

Ao observar tudo que a tecnologia da Voxon pode alcançar, é normal algumas pessoas questionarem a veracidade dos vídeos. No entanto, Loz Blain, do New Atlas, confirmou os resultados apresentados pela VX1. Segundo ele, “todas as imagens e filmagens mostradas são inéditas”. Questionado sobre o que as pessoas pensam a respeito da autenticidade do produto, Smith disse que encara a dúvida como um elogio.

“Se as pessoas que olham o vídeo acham que são falsos, pra mim é um elogio, porque isso significa que acham que não é possível, acham que é CGI. Nossa empresa nunca usou CGI”, afirmou o CEO. “Na composição, mostramos nosso hardware atual: o único truque é filmar com uma Panasonic GH5, que permite gravar as imagens a 15 quadros por segundo, para que não ocorra o efeito de obturador e tudo ficar super nítido”.

A VX1 está à venda por US$ 10 mil nos Estados Unidos, mas a Voxon declarou não estar pronta para realizar grandes escalas de produção. A empresa deseja colocar a mesa primeiro nas mãos de pessoas que a usarão com eficiência e buscarão mostrar aos demais tudo que a tecnologia oferece.

Fonte: New Atlas

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital