Facebook não removeu selo de verificado de Nicolás Maduro [atualizado]

Equipe de Criação Olhar Digital24/01/2019 00h23

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ATUALIZAÇÃO: O Facebook contatou o Olhar Digital para esclarecer que os perfis de Maduro nas redes sociais jamais tiveram o selo verificado, e, portanto a empresa não tomou qualquer ação diante da crise política na Venezuela. O texto original segue abaixo.

A situação caótica da Venezuela gerou repercussões interessantes no mundo da tecnologia. No momento, duas pessoas se declaram presidentes do país: Nicolás Maduro, que está no comando da nação desde 2013, e Juan Guaidó, presidente da Assembleia Nacional, que conta com apoio dos Estados Unidos, Brasil e outros governos que o reconhecem como presidente interino. O curioso é que parece que até o Facebook tomou um lado nessa história.

Sim, a empresa de Mark Zuckerberg decidiu tirar o selo de verificação das redes sociais de Nicolás Maduro após a declaração de Guaidó como presidente. O perfil de Maduro tanto no Instagram quanto no próprio Facebook perderam o selinho azul que indica a autenticidade do perfil. Da mesma forma, os perfis de Guaidó agora carregam a insígnia de verificação.

Reprodução

A ação veio pouco tempo depois de após o anúncio feito por Maduro de que romperia as relações diplomáticas e econômicas com os Estados Unidos em resposta ao apoio a Guaidó. Maduro também determinou a expulsão do corpo diplomático americano do território venezuelano.

A decisão é polêmica por dois aspectos. O primeiro e mais simples é o fato de que a ação indica que o Facebook está tomando um lado em uma situação absolutamente caótica, o que não costuma ser comum. O segundo é que o selo de verificação, em geral, não tem (ou não deveria ter) um viés político: ele serve para que usuários saibam que aquela página representa uma celebridade, autoridade ou figura pública de destaque e que aquele é um canal em que as pessoas podem confiar para receber informações que partem daquela fonte.

Isso dito, no passado o Twitter passou por uma situação bastante similar. A empresa começou a ser cobrada por dar selos de verificação a perfis que promoviam discurso de ódio e assediavam outros usuários em sua plataforma. Diante das cobranças, a companhia realmente começou a “confiscar” os selos de pessoas que não se comportassem de acordo com os termos de conduta da rede social.

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