Até o final deste século, os humanos não serão mais a forma de vida dominante em nosso planeta. Em nosso lugar estarão “ciborgues” e sistemas de inteligência artificial avançados, criados por nós mas que terão superado, em muito, nossa capacidade de pensamento.

Quem faz a previsão é James Lovelock, cientista, ambientalista e futurista inglês que está prestes a completar 100 anos. Lovelock é conhecido por criar a teoria de Gaia, que postula que a Terra é um “organismo” que se auto-regula para manter as condições para a vida, e por ser o primeiro cientista a detectar altas concentrações de CFCs, compostos químicos que atacam a camada de ozônio, na atmosfera.

Nossos atuais sistemas de inteligência artificial, por mais impressionantes que possam parecer, ainda são primitivos quando comparados à capacidade de pensamento generalizado do cérebro humano.

Mas não por muito tempo. Segundo o cientista, os atuais algoritmos e sistemas irão evoluir e, inevitavelmente, serão capazes de pensar mais rápido do que nós. “Nossos “filhos” já estão entre nós, diz o cientista.

Tais inteligências, 10.000 vezes mais rápidas que o ser humano, seria a “evolução natural” de Gaia. E os humanos? Ainda irão existir. Lovelock acredita que as IAs irão coexistir conosco, mas não serão submissas. Elas irão governar a sociedade, e nos ver da mesma forma como nós vemos as plantas: como organismos mais simples e mais lentos.

O cientista discute sua visão do futuro no livro “Novacene: The Coming Age Of Hyperintelligence”, ainda não publicado no Brasil. “Estamos nos preparando para dar o dom do conhecimento a novas formas de vida inteligente. Não fique deprimido com isto […] nós fizemos nossa parte”, diz Lovelock.

Fonte: Daily Mail