E-commerce: siga aquele chinês!

Enquanto no Brasil predomina o uso dos cartões de crédito e débito, na China eles praticamente sumiram, predominando o uso do mobile pay
Redação23/10/2018 20h57, atualizada em 24/10/2018 12h00

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A China atualmente possui o maior e-commerce do mundo, com fatia de 40% de todo o mercado. 7,1 bilhões de chineses estão conectados, o equivalente à soma da população online da Índia e dos Estados Unidos.

Isso não se deve apenas ao fato da China ser o país mais populoso do mundo. Os investimentos em tecnologia e as facilidades de compra no varejo físico e online são os principais fatores para este mercado estar se tornando o mais poderoso. A participação do consumo online no PIB Chinês chega a 6,9%, perdendo apenas para a Coreia do Sul, com 8%. Os Estados Unidos, em 5º lugar, chegam a 5,4%; e o Brasil, em 10º no ranking, a apenas 2,4%.

Brasil e China estão em plena fase de desenvolvimento e lideram o mercado em seus continentes, mas a situação político-econômica brasileira fez com que a China, mesmo com seu histórico político-econômico, alavancasse em inovação no comércio online.

No setor de meios de pagamento, por exemplo, enquanto no Brasil predominam o uso dos cartões de crédito e débito, além do dinheiro, na China estes praticamente não são utilizados, predominando o uso do mobile pay, principalmente do QR Code. Em 2016, o mercado de pagamentos móveis chinês transacionou US$ 9 trilhões, frente a US$ 112 bilhões nos EUA. A previsão é que entre 2020 e 2021, esse número alcance US$ 47 trilhões na China.

Percebendo o tamanho potencial de mercado, a China investe em tecnologias para aprimorar o uso dos pagamentos móveis e oferecer outras facilidades ao consumidor. Lá, até doações para transeuntes são realizadas com QR Code.

Os estacionamentos utilizam reconhecimento de placa para facilitar o uso do serviço. Já nos supermercados, os produtos são escaneados na prateleira para que depois o consumidor possa quitar com QR Code. Nas compras online, funcionários das lojas montam a sacola de compras para que sejam entregues na casa do consumidor em até 30 minutos. A expectativa é que em 2020 o uso do dinheiro físico seja extinto em algumas cidades chinesas.

Aqui no Brasil, o movimento de QR Codes já começa a ter mais força. No mês passado, a Cielo lançou a solução QR Code ™ Pay que traz a mesma facilidade de tirar uma foto do celular, ao mesmo tempo em que todas as máquinas da Cielo já estão se adaptando para utilizar a nova forma de pagamento e em breve a solução também estará disponível para e-commerce. Esta iniciativa permite que o mesmo movimento de simplificar o processo de compras ocorrido na China aconteça no Brasil. Isso porque que ambos os países apresentam semelhanças quanto a preferência do usuário pelo mobile, e a necessidade de adaptar as inovações do setor aos dispositivos que os consumidores já possuem.

O que se espera é que, impulsionado pelo uso do QR Code e o investimento em novas tecnologias, o e-commerce brasileiro continue a caminhar em passos largos para o ápice do seu crescimento, criando novas possibilidades de negócios e mais comodidade para o consumidor, deixando a experiência de compras mais fluída e aumentando a conversão de vendas. Embora esteja em constante expansão, certamente ainda temos muito a aprender com os chineses.

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital