Drone tubarão é o novo coletor de lixo da Marina de Dubai

Os WasteSharks já estão operando na África do Sul e Holanda e custam US $ 17.000 para o modelo de controle remoto e pouco menos de US $ 23.000 para o modelo autônomo
Redação05/07/2019 13h40, atualizada em 05/07/2019 13h55

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WasteShark é o novo robô da empresa holandesa RanMarine que recebe esse nome por causa de sua boca parecida com a de um tubarão. Contudo, as presas desse robô não são animais, mas sim resíduos na água. O autônomo pode ser controlado remotamente e começará a operar na Marina de Dubai no mês de novembro, após um ano de testes com o parceiro local Ecocoast.

Segunda a empresa, o WasteShark consegue carregar até 159.6 kg de lixo e sua bateria dura um total de 16 horas em operação. O mais surpreendente é que ele não filtra apenas resíduos visíveis. Oliver Cunningham, co-fundador da RanMarine, conta que o robô também tem a capacidade de coletar dados sobre a qualidade do ar e da água, filtrar produtos químicos da água, como óleo, arsênico e metais pesados, e examinar o fundo do mar para ler sua profundidade e contornos.

O drone consegue movimentar-se pela água e evitar colisões, usando a tecnologia de deteccção de imagens a laser para identificar possíveis objetos em seu caminho. Os WasteSharks já estão operando na África do Sul e Holanda e custam US $ 17.000 para o modelo de controle remoto e pouco menos de US $ 23.000 para o modelo autônomo, segundo Cunningham.

A Ecocoast, operadora de Dubai, possui dois dispositivos do tipo em testes e pretende utiliza-los para limpar as margens de seus clientes, que são hotéis e cidades, entre outros. Dana Liparts, co-fundadora da Ecocoast, informou que a intenção é reciclar todo lixo coletado.

Mas nem todos estão convencidos pelo WasteShark ainda. John Burt, professor associado de biologia da NYU Abu Dhabi, disse que o tamanho pode ser um problema. “Em termos das unidades que estão sendo implantadas atualmente, eu acho que elas são relativamente pequenas (em metros: 1.5 x 1.5 x 1.1) e vão ter um impacto menor”.

O WasteShark foi concebido em 2016, quando pesquisas do Fórum Econômico Mundial mostravam que havia aproximadamente 150 milhões de toneladas métricas de plástico nos oceanos do mundo. De acordo com Cunningham, a RanMarine também já está trabalhando em um modelo maior para o mar aberto.

Mas o WasteShark não é o único “peixe” na água. A empresa Fenbits, de Sharjah, desenvolveu um aquadrone para coleta de lixo chamado BluePhin. O BluePhin utiliza a tecnologia AI e pode coletar cerca de 350 kg de lixo em duas horas, de acordo com seu site.

Via: CNN

Colaboração para o Olhar Digital

Redação é colaboração para o olhar digital no Olhar Digital