Duas das três maiores operadoras da China podem estar prestes a realizar uma fusão para acelerar o desenvolvimento da rede de internet 5G. A informação é da agência de notícias Bloomberg, mas não é confirmada pelas partes envolvidas.
Segundo as fontes da Bloomberg, o governo chinês, que é acionista majoritário das empresas de telecomunicações China Unicom e da China Telecom, quer juntar as duas em uma só. Unidas, as duas ainda têm menos usuários do que a China Mobile, maior operadora do país asiático.
A ideia é que, com a fusão, a China possa ultrapassar os Estados Unidos na corrida internacional pela implementação da quinta geração de internet móvel. A tecnologia 5G promete acesso até cinco vezes mais rápido às redes móveis do que o LTE Advanced (também chamado de 4,5G).
Além disso, não serão apenas smartphones os beneficiados. Carros autônomos e diversos dispositivos conectados à internet das coisas também estão no horizonte de aplicações para as redes 5G. Enquanto isso, no Brasil, a Anatel acaba de abrir uma consulta pública sobre o uso da faixa de 3,5 GHz para a nova tecnologia.
Recentemente, o governo norte-americano barrou a compra da Broadcom pela Qualcomm que teria resultado na maior negociação da história da tecnologia. A fusão poderia atrasar os investimentos das empresas em pesquisa e desenvolvimento, colocando a chinesa Huawei na dianteira da “guerra comercial” pelo 5G.
Além disso, o governo dos EUA barrou produtos de diversas empresas chinesas em escritórios da administração pública. Se a fusão entre Unicom e China Telecom se cumprir, as duas juntas terão uma base de 590 milhões de usuários – uma das maiores do mundo.