Pesquisadores que estudam as baleias do Golfo do México encontraram uma nova forma de colher material dos animais para determinar sua saúde. Ao invés de perseguirem os bichos com barcos, os cientistas estão utilizando drones para se aproximar e recolher os compostos orgânicos necessários.
E o mais importante: minimizam o risco de ficarem cobertos com catarro de baleia. É isso mesmo. Iain Kerr, CEO do grupo de conservação Ocean Alliance, conta que a adoção dos drones se deu depois de um episódio fatídico – estava acompanhando uma baleia quando o animal saiu da água e mandou aquele espirro pra cima do barco.
“Foi maravilhosamente horrível – era pegajoso e fedorento”, lembra Kerr em entrevista à Wired, no qual conta que o cheiro era igual ao de um mercado de peixes abandonado por anos. “Os pulmões de uma baleia azul são do tamanho de um Fusca. Então imagine que eles estão exalando isso. Quero dizer, você está imerso nessa nuvem do pior mau hálito que você já sentiu”.
O SnotBot foi criado para se aventurar nesse ambiente hostil. Ele voa logo acima da baleia, e a cada expiração, o drone cólera células corporais, juntamente com alguns dos hormônios e organismos que compõem o microbioma do espirro. Kerr explica que a névoa que se vê quando a baleira faz o jorro, na verdade não é água do mar, mas ar quente dos pulmões.
“Essa névoa fina carrega uma riqueza de informações sobre a saúde da baleia”, afirma o pesquisador. Ao rastrear os mesmos indivíduos ao longo do tempo, o SnotBot consegue monitorar as flutuações em sua saúde. É muito menos invasivo que o método anterior, que envolvia arrancar um pedaço da pele da baleia para realizar uma biópsia.
Via Wired